WEG reporta mercado de geração solar distribuída aquecido no primeiro trimestre

A WEG atribuiu os resultados positivos no primeiro trimestre de 2022 ao bom desempenho de vendas nas principais linhas de negócios da companhia, com destaque para a demanda de geração solar distribuída (GD) no mercado brasileiro. A empresa registrou lucro líquido de R$ 942,9 milhões, crescimento de 23,5% em relação ao mesmo período de 2021.

Conforme a WEG, o aquecimento do segmento já era esperada devido a aprovação da Lei 14.300, que estabeleceu o marco legal da GD. “Com a mudança de regulação, parte do benefício que existe hoje será retirado gradualmente e projetos realizados nesse ano continuam com a regra atual até 2045”, disse o diretor de finanças e relações com investidores, André Salgueiro.

O negócio de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD) apresentou crescimento de 106,8% na receita líquida no mercado interno. Durante teleconferência realizada nesta quinta-feira (28/04), Salgueiro destacou que a melhora no desempenho da GD está ligada ao aumento de volume de projetos.

“A expectativa é que o ano seja positivo para o negócio. Acreditamos que, mesmo com a mudança regulatória, a GD solar continuará fazendo sentido a partir de 2023. Manter o nível de crescimento será mais difícil, a tendência será normalizar para o nível de um negócio mais recorrente”, detalhou o executivo.

Restrições na China

Durante a teleconferência, o diretor administrativo financeiro da WEG, André Rodrigues, afirmou que a companhia não sentiu nenhum efeito das recentes medidas de bloqueio e restrição contra a pandemia de Covid-19 na China, país que concentra a produção mundial de equipamentos fotovoltaicos.

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Ações do governo do país asiático para conter o mais recente surto na cidade de Xangai afetaram o acesso a matéria-prima e o funcionamento do porto da cidade, um dos mais movimentados do mundo.

“Enquanto existir política de covid zero, a cadeia global sempre estará pressionada, podendo ocasionar escassez de matéria-prima e aumentos no frete. No entanto, até o momento, não sentimos os efeitos da situação”, assinalou Rodrigues.