Energia hídrica ainda representa 70% da matriz elétrica nacional
Diversificação da matriz abre espaço para crescimento de energia solar no país, com grande potencial para geração dessa energia limpa e renovável.


Quase 70% da energia produzida no Brasil é por meio de barragens, colocando o país como um dos mais altos potenciais hidráulicos do planeta. A maior usina hídrica do Brasil é a Usina de Itaipu, localizada em um trecho do Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Por outro lado, a matriz energética brasileira ainda está muito dependente dessa fonte. Com a necessidade de diversificar a matriz elétrica brasileira e a chegada de tecnologias que facilitaram a geração de outras fontes renováveis, principalmente eólica e solar, o país está passando por uma transformação energética. Aliás essa transformação é mundial, principalmente pela preocupação com a sustentabilidade do planeta.
O Brasil é um dos países com maior potencial para geração de energia solar. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2019, a energia solar corresponde a apenas 1,3% da matriz elétrica brasileira, muito distante da hídrica, por exemplo. O País sequer fica entre os dez maiores investidores mundiais de energia fotovoltaica, atrás, inclusive, de países que possuem menor incidência solar, casos de Alemanha e Coreia do Sul.
Os painéis fotovoltaicos, responsáveis por captar a radiação do sol, são instalados nos telhados das torres e conectados a inversores que transmitem a energia solar para as áreas comuns dos condomínios. O excedente da energia gerada ainda é injetada na rede de distribuição local, o que gera descontos na conta de luz mensal. Caso mais energia seja produzida do que consumida, o crédito fica acumulado para os próximos meses. O sistema pode gerar cerca de 80% de energia consumida nas áreas comuns e em alguns apartamentos.
De acordo com dados da ABSOLAR, 77,4% da geração de energia solar no Brasil é residencial, seguido por estabelecimentos de comércio e serviço, que respondem por 16%. Consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), iluminação e serviço público (2,3%) e prédios públicos (0,8%) completam a lista dos produtores de energia solar no Brasil.
No ano passado, os investimentos em geração de energia solar fotovoltaica no Brasil ultrapassaram a marca de R$ 15 bilhões, somando projetos de geração centralizada – grandes usinas – e geração distribuída.
Sauaia destacou também que, apesar da geração de energia solar distribuída ter sido regulamentada apenas em 2012, somente três anos depois a modalidade de geração de energia elétrica renovável a partir da luz do sol ganhou força com o aprimoramento das normas vigentes, a RN 687. A matriz fotovoltaica também começou a disputar leilões de energia a partir de 2014, mas os projetos contratados nos certames somente iniciaram a produção e abastecimento de eletricidade solar entre 2016 e 2017.
O crescimento do setor também proporcionou a vinda de grandes fabricantes de equipamentos fotovoltaicos para o País, conforme Sauaia. “Hoje, temos 40 fabricantes não só de módulos, como de inversores, rastreadores solares, estruturas e materiais elétricos. As baterias também já aparecem com maior pujança no mercado internacional”, afirmou. “Nossa expectativa agora é o maior engajamento do legislativo que ainda trabalha de forma muito pulverizada em relação ao setor. Existem muitos projetos de leis com boas intenções e boas ideias, mas com pouco conhecimento técnico e mercadológico do setor. Precisamos buscar apoio para esse trabalho crescer”, concluiu.

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