Pegada hídrica: o que é, tipos, exemplos e como diminuir
O que é pegada hídrica?
A pegada hídrica é um indicador que mede o volume total de água utilizada, direta ou indiretamente, para produzir os bens e serviços consumidos por uma pessoa, comunidade ou empresa. Esse conceito considera toda a água doce usada ao longo da cadeia de produção, desde a extração da matéria-prima até o consumo final.
A pegada hídrica pode ser dividida em três componentes principais:
- Pegada hídrica azul: refere-se à água doce retirada de fontes superficiais ou subterrâneas para ser usada na produção, como irrigação em agricultura, processos industriais e consumo doméstico.
- Pegada hídrica verde: refere-se à água da chuva que é armazenada no solo e usada pelas plantas durante o crescimento. É especialmente relevante na agricultura.
- Pegada hídrica cinza: refere-se à quantidade de água necessária para diluir poluentes e manter a qualidade da água dentro de padrões aceitáveis.
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Como funciona uma pegada hídrica?
Vamos imaginar a produção de um quilo de carne bovina. A pegada hídrica deste quilo de carne incluiria:
- Água azul: utilizada para irrigação das pastagens ou dos grãos consumidos pelo gado.
- Água verde: referente à água da chuva absorvida pelas plantas que alimentam o gado.
- Água cinza: usada para diluir os poluentes gerados pelo manejo do gado e os resíduos do processo de abate.
A pegada hídrica é uma ferramenta importante para entender o impacto do consumo humano sobre os recursos hídricos, ajudando na gestão sustentável da água.
Como a energia solar pode contribuir na diminuição do consumo de água
A energia solar pode contribuir significativamente para a diminuição do consumo de água de várias maneiras, principalmente por ser uma fonte de energia que requer pouca ou nenhuma água para a geração de eletricidade.
Baixo Consumo de Água no Processo de Geração
A tecnologia fotovoltaica converte a luz solar diretamente em eletricidade usando painéis solares. Esse processo não envolve o uso de água, exceto para a limpeza ocasional dos painéis e em pequenas quantidades na produção dos próprios painéis. Isso contrasta com as usinas termelétricas tradicionais (como carvão, gás natural e nuclear), que necessitam de grandes volumes de água para resfriamento.
Substituição de Fontes de Energia Intensivas em Água
Usinas de energia a carvão, gás natural e nuclear requerem grandes quantidades de água para o resfriamento. Ao substituir essas fontes com energia solar, o consumo de água pode ser significativamente reduzido.
Redução de Emissões e Poluição da Água
A geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis pode levar à contaminação de corpos d'água por metais pesados, produtos químicos e efluentes de resíduos industriais. A energia solar, sendo limpa, não gera esses poluentes, diminuindo a necessidade de água para diluição e tratamento de poluentes.
A transição para a energia solar pode diminuir a necessidade de água para diluir poluentes gerados por outras formas de geração de energia, resultando em uma pegada hídrica cinza menor.
Eficiência Hídrica na Agricultura
A energia solar pode ser usada para alimentar sistemas de irrigação, promovendo uma agricultura mais eficiente no uso da água. Isso pode ser especialmente útil em áreas remotas ou em regiões com escassez de água.
Desenvolvimento de Tecnologias Sustentáveis
A energia solar pode ser utilizada para alimentar plantas de dessalinização, convertendo água salgada em água potável de maneira sustentável. Isso é particularmente importante em regiões áridas, onde a água doce é escassa.
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Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.