CCEE apresenta proposta para regras de comercialização de usinas híbridas no Brasil

Pacote de procedimentos visa regulamentar operação mercadológica da geração que combina duas ou mais fontes; Aneel deve abrir consulta pública sobre o tema

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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizou a entrega do pacote de Regras e Procedimentos de Comercialização (PdCs) que devem regulamentar a operação mercadológica das usinas híbridas no Brasil.

A CCEE avalia que as usinas hibridas, modelo de geração que combina duas ou mais fontes, como eólica e solar, em um mesmo local, devem representar um avanço nas alternativas de geração do País, possibilitando ganhos sinérgicos e financeiros para agentes que adentrarem à categoria.

O documento foi apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conforme diretrizes da Resolução Normativa nº 954/21, que previa a entrega, pela CCEE, de um pacote com a proposta de aprimoramentos das regras que permita a chegada ao mercado de mais essa possibilidade de negócios no setor elétrico brasileiro.

A CCEE afirma que realizou análises e definiu os primeiros passos para a criação do cenário mercadológico que abarque esses novos projetos.

“Apresentamos um material robusto e consistente que deve possibilitar um cenário atrativo e seguro ao agente que optar por essa nova modalidade”, comentou a vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, Talita Porto.

Próximos passos

A expectativa é que o material passe por análise interna da Aneel que, ainda em 2022, deve abrir consulta pública sobre o tema, a fim de avançar com as definições acerca do cenário que será constituído para as Usinas Híbridas no Brasil.

Alguns arranjos específicos já podem ser operacionalizados de imediato pela CCEE, sem a necessidade de alteração das Regras e Procedimentos de Comercialização, porém é esperado que todas as modalidades de negócios estejam disponíveis ainda no início de 2023.

A combinação da diversidade de fontes que podem se complementar já é uma realidade em aplicação no Brasil, porém ainda em pequena escala, majoritariamente voltada a projetos piloto e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

A proposta dessa modalidade é que ocorra o compartilhamento do sistema de escoamento da energia, permitindo uma produção mais estável, reduzindo a exposição das variações do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) ao longo do dia e otimizando o uso da rede.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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