Aneel divulga orientações para instalação de baterias em centrais geradoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na última sexta-feira (10/10) orientações para interessados em requerer instalação de sistemas de armazenamento de energia elétrica em centrais geradoras já outorgadas.

A publicação dispõe os requisitos que devem ser apresentados pelos empreendedores:

• Arranjo geral do empreendimento contendo a delimitação da poligonal do sistema de armazenamento de energia e da rede de interesse restrito, partindo da subestação coletora da central até o ponto de conexão, conforme modelo disponível no site da ANEEL.
• Estudo técnico com estimativa de injeção anual de energia elétrica associada ao empreendimento, incluindo perfil de operação previsto, eficiência global do sistema, potência de descarga, capacidade de armazenamento, descrição da tecnologia e dos equipamentos adotados.
• Licença ambiental compatível com as características técnicas do projeto.
• Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (Cust) celebrado junto ao ONS e, se for o caso, Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (Cusd) celebrado com a distribuidora, acompanhados do parecer de acesso ou documento equivalente.
• Sumário Executivo para emissão de outorga.
• Declaração de Atendimento aos requisitos regulatórios.

R$ 77 bilhões até 2034

Um estudo recentemente divulgado pela Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (Absae), indicou que o mercado brasileiro de armazenamento por baterias poderá movimentar cerca de R$ 77 bilhões até 2034, com 72 GWh de capacidade instalada.

Conforme a entidade, com leilões já previstos e um forte interesse de investidores, o setor se prepara para um ciclo de crescimento sem precedentes. A Absae avalia que a aprovação do Marco Legal do Armazenamento será fundamental para garantir segurança jurídica e acelerar os investimentos

Além do impacto financeiro, o estudo aponta benefícios ambientais expressivos. A substituição do diesel por sistemas híbridos com baterias pode eliminar mais de 1 bilhão de litros de diesel até 2034, resultando na redução de milhões de toneladas de CO₂.

O avanço do setor também fomentará novos mercados, como os de serviços ancilares, infraestrutura de transmissão e distribuição (T&D) e mobilidade elétrica.