Arábia Saudita anuncia criação de sete novos projetos de energia solar

Novos empreendimentos, sob gestão da Saudi Power Procurement Company, vão fornecer eletricidade a mais de 600 mil domicílios

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Foto: Fahad Shadeed/Reuters

A Arábia Saudita firmou acordo para contratos de compra de energia com sete novos projetos de geração solar, que vão fornecer eletricidade a mais de 600 mil domicílios, informou a agência de notícias estatal SPA. A Saudi Power Procurement Company será responsável pela comercialização dos projetos, que serão considerados produção independente de energia, sob acordos de 20 a 25 anos.

De acordo com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, os novos projetos, somados aos complexos de energia solar de Sakaka e de energia eólica de Dumat al-Jandal, terão capacidade de mais de 3.600 megawatts (MW).

“Juntamente com outros projetos de energia renovável que estão sendo desenvolvidos pelo reino, esses empreendimentos constituem elementos essenciais de nossos planos, que buscam otimizar a matriz energética usada na produção de eletricidade”, disse o príncipe herdeiro.

Até 2030, a meta é produzir metade da eletricidade do reino com gás e a outra metade por fontes renováveis. Isso substituiria cerca de 1 milhão de barris de óleo equivalente de combustíveis líquidos.

O príncipe herdeiro informou que alguns desses projetos estabeleceram novos recordes mundiais em termos de menor custo para instalações de geração de energia solar.

A Arábia Saudita vem apostando fortemente na energia solar. No início do ano passado, juntamente com Dubai, o país anunciou que está investindo em energia solar concentrada para ajudar na transição da dependência excessiva do petróleo para o uso de fontes limpas.

Diferente das mais conhecidas, como as células fotovoltaicas (PV), a energia solar concentrada (CSP), segundo o relatório, tem se tornado atrativa. A maior diferença é que, em vez de usar os fótons da luz solar e convertê-los em corrente contínua, como os painéis fotovoltaicos, os sistemas CSP usam o calor gerado pela luz solar para converter água em vapor, que é usado para girar uma turbina e gerar eletricidade.

“Até 2030, o parque solar produzirá 5.000 MW”, disse Saeed Al-Tayer, diretor executivo de centro de Eletricidade e Água de Dubai. Ele acrescenta que o projeto usará uma área de 44 quilômetros quadrados. “Vamos apresentar vários recordes mundiais, como o menor custo de energia de CSP, a torre solar mais alta do mundo, e a maior capacidade de armazenamento térmico que permite a disponibilidade de energia 24 horas por dia.”

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Adriana Dorante

Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.

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