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Aquecimento global: o que é, causas, consequências e como evitar

terreno árido rachado

Nos últimos anos, a agenda climática se posicionou no centro das discussões políticas e econômicas. Cada vez mais, governo nacionais estabelecem metas de descarbonização e transição energética e companhias privadas redirecionam negócios e orientam atividades dentro do ESG, sigla em inglês para ambiental, social e governança.

Esse debate ganhou força diante dos visíveis impactos das mudanças climáticas no planeta e da emergência em limitar o aquecimento global em 1.5°C até 2050, evitando que um cenário catastrófico se torne irreversível.

Nesse texto, você vai entender o que é o aquecimento global, quais são as causas do aquecimento global, possíveis consequências e o que podemos fazer para salvar nosso futuro.

O que é o aquecimento global?

vista aérea do pôr do sol acima das nuvens

O aquecimento global é o aumento de longo prazo na temperatura média da Terra. Embora mudanças climáticas sempre tenham ocorrido ao longo da história, a tendência do planeta se tornar mais quente acelerou significativamente no último século em razão de ações da humanidade, especialmente da queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural. A queima desses combustíveis causa o chamado efeito estufa na atmosfera terrestre.

Nesse fenômeno, os raios solares penetram a atmosfera, mas o calor refletido pela superfície não é capaz de escapar de volta para o espaço. Isso ocorre por causa dos gases provenientes da queima de combustíveis fósseis, como o dióxido de carbono (CO2) e o metano. O calor excessivo proveniente do efeito estufa tem feito com que a temperatura média da terra aumente ao longo dos anos, gerando o aquecimento global.

Diversas pesquisas apontam que a temperatura da Terra está aumentando. A década de 2011 a 2020 foi 1.09°C mais quente em comparação ao período de 1850 a 1900. As temperaturas da superfície estão subindo 0.2°C por década, atingindo uma temperatura de 1.2°C acima do período pré-industrial. Desde 1950, o número de dias e noites frias diminuiu e o dia de dias e noites quentes aumentou.

Quais são as causas do aquecimento global?

várias chaminés soltando fumaça e ao fundo a cor de um céu amarelo

Como explicamos, o aquecimento global é consequência do efeito estufa, que por sua vez é causado pela queima de combustíveis fósseis. Embora o efeito estufa ocorra de forma natural, o que inclusive possibilita a existência de vida na Terra, a emissão excessiva dos gases causadores desse fenômeno, em razão da atividade humana, acelera a tendência de aquecimento da temperatura do planeta.

A atividade humana desde a Revolução Industrial resultou num cenário de desequilíbrio. Em 2019, a concentração de CO2 e metano aumentaram em cerca de 48% e 160%, respectivamente, com os níveis de CO2 nos maiores níveis dos últimos 2 milhões de anos.

A grande maioria das emissões de CO2 é originária da queima de combustíveis fósseis para produzir energia para transporte, indústria, aquecimento e eletricidade. Também causam emissões adicionais o desmatamento e reações químicas relacionadas a processos industriais, como a fabricação de cimento, aço, alumínio e fertilizantes. Já as emissões de metano são causadas pelo gado, esterco, aterros sanitários, águas residuais, mineração de carvão e extração de óleo e gás.

Quais as consequências do aquecimento global?

urso polar solitário em cima de um pequeno pedaço de gelo flutuante, causas do aquecimento global

Um estudo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidades (ONU) indica que as mudanças climáticas provocadas pelos seres humanos estão gerando perturbações generalizadas e perigosas na natureza, afetando as vidas de bilhões de pessoas em todo o mundo.

O estudo destacou que o aumento de ondas de calor, secas e enchentes já estão ultrapassando os limites de tolerância de plantas e animais, levando a mortalidade em massa de espécies como árvores e corais.

Estes extremos climáticos estão ocorrendo simultaneamente, causando impactos em cascata, cada vez mais difíceis de gerenciar, gerando fome e insegurança hídrica para milhões de pessoas, especialmente na África, na Ásia, na América do Sul e Central, em pequenas ilhas e no Ártico.

O IPCC ainda alerta que mudanças climáticas induzidas pela humanidade já estão criando cenários extremos em todas as regiões do planeta e algumas tendências já atingiram estágios irreversíveis por séculos.

Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado em maio de 2023 previu que existe 98% de chance de o ano mais quente desde o início de registros das temperaturas globais acontecer entre 2023 e 2027. Além do aquecimento global, essa tendência é reforçada pelo fenômeno El Niño.

No longo prazo, temperaturas mais quentes causaram mudanças em diversos aspectos do clima e no meio ambiente.

Mudança no regime de chuvas

Uma temperatura média global mais alta aceleraria o ciclo das águas em razão de um maior índice de evaporação. Mais vapor na atmosfera levaria a mais precipitações, com a média global aumentando em 7% para cada grau de aquecimento. Isso implicaria em futuro com muito mais riscos de enchentes e tempestades mais intensas e frequentes. Porém, esse aumento nas chuvas não seria distribuído igualmente pelo planeta.

Derretimento do gelo e neve

O derretimento de geleiras, calotas de gelo e outros relevos cobertos por neve e gele poderá se tornar maior que o volume de precipitação registrada no inverno, o que levaria a uma redução no total de gelo e neve no planeta. Nos últimos 100 anos, montanhas com geleiras em todas as áreas do mundo diminuíram de tamanho, assim como o permafrost no Ártico. O derretimento de gelo poderá levar a mudanças na circulação do oceano.

Aumento do nível do mar

O aquecimento global levará o aumento do nível do mar por duas formas:

  • O derretimento do gelo adicionará água aos oceanos.
  • A água do oceano se expandirá conforme fica mais quente.

Desde 1880, os níveis dos mares aumentaram em cerca de 0.10 a 0.20 metros, dependendo da região. Sem nenhum tipo de ação contra as mudanças climáticas, essa elevação poderá atingir 1,1 metro em 2100, o que traria consequências desastrosas para regiões costeiras.

Além de aumentar o nível do mar, o aquecimento global também poderá tornar a água mais ácida, causando problemas para corais e outros organismos marinhos.

Clima extremo

Alguns cientistas acreditam que furacões, tufões e ciclones tropicais vão mudar por causa do aquecimento global, tornando-se mais poderosos e frequentes. Um oceano com superfície mais quente fornecerá a energia que impulsiona tempestades gigantescas.

Riscos à vida terrestre

Mudanças de temperatura, precipitações e ritmos sazonais impactariam a vida de animais e plantas. Espécies capazes de sobreviver apenas em habitats específicos enfrentariam riscos de extinção caso seus ecossistemas fossem reduzidos.

Superfícies mais quentes também podem tornar mais frequentes ondas de calor e secas, afetando o cultivo de alimentos, aumentando o risco de incêndios e impactando a saúde da humanidade.

O que pode ser feito para evitar o aquecimento global?

imagens de placas solares e torres eólicas gerando energia limpa visando a diminuição do aquecimento global

As mudanças climáticas podem ser mitigadas reduzindo as emissões de gases do efeito estufa e aumentando o ritmo de remoção do CO2 da atmosfera. Para limitar o aquecimento global em 1.5°C, as emissões globais precisam ser neutralizadas até 2050. Isso exige mudanças sistêmicas em uma escala sem precedentes nos setores de energia, transporte, construção e na gestão de terra e cidades.

Conforme o IPCC, limitar o aquecimento global em 1.5 C° exige que o pico das emissões dos gases de efeito estufa ocorra até 2025. Conforme o levantamento, após essa data, é necessário que ocorra uma redução nas emissões de 43% até 2030.

O IPCC destaca que limitar o aquecimento global exigirá uma grande transição no setor de energia, com forte redução no uso de combustíveis fósseis, eletrificação abrangente, melhora na eficiência energética e uso de combustíveis alternativos, como o hidrogênio.

Outro estudo do IPCC indicou que o atual ritmo de redução de emissões de gases do efeito estufa é insuficiente para combater as mudanças climáticas e cumprir as metas do Acordo de Paris, sendo necessário reduzir de forma rápida e profunda as emissões em todos os setores, cortando o volume quase pela metade em relação aos níveis atuais até 2030.

Embora não exista uma solução única para combater o aquecimento global, a maioria dos cenários e estratégias apontam para um forte crescimento na geração de energia renovável combinado com medidas de eficiência energética para reduzir emissões. Mudanças também seriam necessárias na agricultura e preservação de florestas.

Energia limpa

Para neutralizar as emissões de carbono até 2050, a energia renovável teria que se tornar a forma dominante de geração elétrica, com tecnologias como a solar fotovoltaica e eólica representando 85% ou mais da matriz global em 2050. Investimentos em carvão precisariam ser eliminados e o uso praticamente extinto até a metade do século. A geração renovável também precisaria se tornar a principal fonte de energia para aquecimento e transporte.

Uma pesquisa da Universidade de Oxford indicou que a transição global para um sistema de energia descarbonizado até 2050 permitirá ao mundo economizar US$ 12 trilhões em comparação com a continuidade dos níveis atuais de uso de combustíveis fósseis.

A pesquisa mostra que a rápida transição para a energia limpa resultaria em custos mais baixos dos sistemas energéticos, ao mesmo tempo em que forneceria mais energia para a economia global, expandindo o acesso para mais pessoas em mais partes do mundo. Com isso, acelerar a transição para a energia renovável é a melhor aposta não apenas para o planeta, mas também para poupar custos com energia.

Conservação de energia

Reduzir a demanda de energia é outro fator importante para diminuir as emissões. Com menos energia sendo necessária, maior será a flexibilidade para o desenvolvimento da geração limpa, minimizando o uso e desenvolvimento de fontes intensivas em carbono.

Agricultura e indústria

A agricultura enfrenta o triplo desafio de limitar as emissões, impedir o desmatamento de florestas para serem convertidas em área de cultivo e atender o aumento da demanda global por alimentos. Entre as ações para atender essas metas, estão melhorar a produtividade da produção, proteger e restaurar florestas e reduzir emissões nas atividades agropecuárias.

Sequestro de carbono

A reflorestação de áreas e o plantio de árvores estão entre as técnicas mais maduras de sequestro de carbono. A recriação ou restauração de manguezais, pradarias e algas marinhas também aumentam a absorção de carbono na matéria orgânica.

O CO2 emitido por atividades industriais ou na produção de energia pode ser capturado e armazenado ao invés de ser enviado para a atmosfera. Embora essa técnica ainda seja limitada em escala e tenha custos altos, a captura e armazenamento de carbono (CCS) pode desempenhar um importante papel em limitar as emissões até 2050.

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