Brasil lidera anúncios de projetos de hidrogênio no 1° trimestre, diz Wood

O Brasil liderou o volume de anúncios de projetos de produção para hidrogênio de baixo carbono no primeiro trimestre de 2021, totalizando 0,6 milhões de toneladas/ano, aponta estudo global da Wood Mackenzie. A pesquisa registrou 55 anúncios em todo o mundo no período, somando produção 2.4 milhões de toneladas/ano, o maior número já apurado pela consultoria.

Além do Brasil, Austrália, Suécia, Holanda e França compõe as cinco primeiras posições no período. Conforme o documento, anúncios de projetos de hidrogênio verde, que utiliza eletrolisadores abastecidos apenas por e utiliza eletrolisadores abastecidos apenas por fontes renováveis de energia, totalizaram 11,4 GW e o pipeline acumulado chegou fontes renováveis de energia, totalizaram 11,4 GW e o pipeline acumulado chegou a 61,4 GW.

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O setor líder no trimestre foi a indústria siderúrgica, com 6 projetos totalizando 0,62 toneladas/ano. A indústria de amônia ficou em segundo, com 4 projetos e 0,57 toneladas/ano. A Wood Mackenzie avalia que o pipeline até 2025 é muito diverso para apontar qual setor irá prevalecer. Ainda de acordo com o estudo, anúncios feitos desde o quarto trimestre de 2019 constituem 87% de todos os futuros projetos conhecidos.

O hidrogênio é considerado um vetor energético que, combinado a outras soluções, tem potencial para contribuir globalmente para uma matriz energética descarbonizada. Além do hidrogênio verde, outras formas de produção de baixo carbono do combustível incluem a energia nuclear (hidrogênio rosa) e o gás natural com captura de carbono (hidrogênio azul).

Em maio, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou a realização de estudos para a construção das políticas para o chamado Programa Nacional do Hidrogênio, com o prazo de 60 dias para apresentar as primeiras propostas.

Em abril, a Enegix Energy anunciou que construirá a maior planta de hidrogênio verde do mundo no Ceará, após assinar um memorando de entendimento com o governo do estado. De acordo com a companhia, o projeto, batizado de Base One, produzirá mais de 600 milhões de quilos de combustível solar por ano e será abastecido por 3.4 gigawatts (GW) de energia renovável. O investimento previsto é de US$ 5,4 bilhões.