Trina Solar avalia instalar fábrica de rastreadores solares no Brasil

A Trina Solar avalia instalar uma fábrica de rastreadores solares no Brasil. A companhia chinesa analisa a viabilidade de montar uma operação de manufatura no País para atender a demanda de desenvolvedores de projetos por conteúdo local, requisito necessário para ter acesso a algumas linhas de financiamento.

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A informação foi divulgada pela presidente de módulos e células da Trina Solar, Helena Li, em entrevista realizada na Intersolar South America. A executiva descartou a possibilidade da produção de módulos fotovoltaicos no Brasil.

“Estamos avaliando fabricar nossos trackers aqui. Existe essa questão do conteúdo local. Estamos analisando para saber se é uma boa opção. Ainda não há uma decisão tomada”, disse Li.

Ela explicou que o Brasil é um grande mercado e alguns clientes questionam sobre equipamentos de fabricação local. “Ainda assim, é preciso comparar os custos e entender se pode haver mudanças nas regras. Não é fácil começar qualquer tipo de operação de manufatura fora da China.”

Maior presença na geração distribuída

Com forte presença em projetos de grande porte na geração centralizada, a Trina planeja ganhar mais participação no mercado de geração distribuída, composto por sistemas de menor porte instalados no local do consumo.

Esse segmento tem a maior fatia do setor solar em termos de capacidade instalada no Brasil, com 12,4 GW do total de 18 GW. “Estamos avaliando de que forma expandir nossa equipe local para atender oportunidades de projetos comerciais e industriais que ainda não cobrimos o suficiente”, detalhou Li.

A executiva acredita que, apesar das eleições e de incertezas econômicas, o setor solar brasileiro tem um potencial enorme e segue aquecido. “Nesse ano, deve haver impactos econômicos, como câmbio e custo de capital, mas isso está acontecendo no mundo todo. Ainda assim, não vejo ninguém fugindo do setor solar no Brasil.”

“Percebemos uma forte movimentação, com novas empresas e clientes. Parece com outros mercados emergentes há dez anos, como a Índia. Todos estão falando de energia solar e há muito potencial de crescimento”, assinalou Li.