Eficiência de célula fotovoltaica de perovskita bate novo recorde

Pesquisadores de todo mundo trabalham para tornar a tecnologia de células solares ainda mais eficientes. Uma equipe de investigadores da Helmholtz-Zentrum Berlin (HZB) desenvolveu uma célula de perovskita que alcançou um novo recorde mundial, com eficiência de 29,15%. A informação foi publicada na revista Science.

Segundo os pesquisadores, para se ter uma ideia desse novo recorde, 95% dos painéis fotovoltaicos instalados hoje têm por base células solares de silício, um material que é abundante na crosta terrestre, e que permite tirar um rendimento da luz solar de 27%.

A eficiência de 29,15% superou o recorde anterior de 28%. Essa nova conquista está cada vez mais próxima da meta de eficiência de longo prazo para uma célula solar de perovskita/silício, que seria de 30%.

Outra novidade é que os cientistas estão otimistas de que o “limite” de 30% para esse tipo de célula possa ser superado, alcançando-se ainda maior eficiência energética solar. A perovskita e o silício foram desenvolvidos separadamente como materiais semicondutores para painéis solares.

A perovskita (óxido de cálcio e titânio, CaTiO3) é um mineral relativamente raro, ocorrendo na forma de cristais ortorrômbicos (pseudocúbicos). A estrutura é constituída por átomos ou moléculas dos cristais que é ABX3. Isso significa que tem três componentes diferentes, organizados de modo cúbico. Trata-se de uma estrutura conhecida e usada em vários dispositivos, mas aplicado às células solares é relativamente recente.

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Os cientistas enxergam a perovskita como um potencial inexplorado e têm feito experiências com este material, combinando-a com outros materiais. Comprovadamente superiores e muito mais baratas – para um patamar comparável ao das tradicionais células solares de silício, as perovskitas oferecem um futuro ainda mais promissor para os sistemas de energia solar.

Segundo pesquisadores, esse elemento é 500 vezes mais fino que o silício e, portanto, são flexíveis e ultraleves. Sem contar que são muito eficientes, permitindo altas taxas de conversão solar.

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