Células solares ultrafinas podem transformar qualquer superfície em fonte de energia

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram células solares que conseguem transformar qualquer superfície em fonte de energia. A tecnologia têm um formato extremamente fino – mais do que um fio de cabelo humano - e é flexível e leve, com um centésimo do peso de um painél convencional.

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Há seis anos, o mesmo laboratório desenvolveu células solares utilizando uma classe de materiais de película tão leve, que eram capazes de ficar sobre uma bolha de sabão. No entanto, a tecnologia era complexa demais, tornando a fabricação economicamente inviável. Dessa vez, a técnica de fabricação, baseada na impressão de um material análogo a tinta, torna possível o ganho de escala.

Essa tecnologia poderia ser integrada a diferentes tipos de superfícies. Por exemplo, nas velas de um navio para fornecer energia durante a navegação, nas asas de um drone ou na cobertura de uma barraca. Esse equipamento solar poderia ser facilmente aplicável com pouca exigência na instalação. 

Ao testar o dispositivo, os engenheiros do MIT descobriram que as células poderiam gerar 730 watts de potência por quilo, se feito de maneira independente, e aproximadamente 370 watts por quilo, se implementado no tecido comercialmente conhecido como Dyneema de alta resistência. Dessa forma, as células conseguem gerar 18 vezes mais energia por quilo.

O pesquisador e coautor do estudo, Mayuran Saravanapavanantham, explicou que uma instalação solar típica de telhado em Massachusetts é de cerca de 8.000 watts. Neste sentido, para gerar a mesma quantidade de energia, o tecido fotovoltaico adicionaria apenas cerca de 20 quilos (44 libras) ao telhado de uma casa. 

Os pesquisadores também testaram a durabilidade dos dispositivos e descobriram que, mesmo depois de enrolar e desenrolar mais de 500 vezes em um painel solar de tecido, as células ainda retinham mais de 90% de suas capacidades iniciais de geração de energia.