Austrália e Índia firmam parceria no desenvolvimento de tecnologias renováveis

A Austrália e a Índia firmaram uma parceria com objetivo de reduzir custos de tecnologias renováveis, especificamente nos setores de energia solar e hidrogênio verde. Os governos dos dois países anunciara nesta terça-feira (15/02) a assinatura uma carta de intenções em que se comprometem a trabalhar juntos para cooperar na produção e instalação de soluções de energia limpa.

O acordo reconhece que Austrália e Índica compartilham o objetivo em comum de reduzir os custos de tecnologias limpas para torná-las competitivas em relação a fontes com altas taxas de emissões.

O ministro da indústria, energia e redução de emissões da Austrália, Angus Taylor, declarou que a parceria reflete os pontos fortes de cada país. “Vamos trabalhar em conjunto para avançar nessas tecnologias de baixa emissão, fortalecendo nossos elos de indústria e pesquisa, destravando novas oportunidades econômicas.”

Desenvolvimento industrial

A Índia indica que pretende desenvolver a industria solar e acelerar o crescimento da energia renovável no país. No ano passado, o ministro de energia e de recursos novos e renováveis, Raj Kumar Singh, declarou que não é saudável a China dominar a produção global e que bases de produção em outros lugares do mundo são necessárias para reduzir os riscos a cadeia de suprimentos.

O representante do governo indiano ainda afirmou que o país quer acelerar o crescimento de energia renovável por meio de uma combinação de incentivos a fabricantes locais, criação de empregos na geração limpa e tarifas sobre importações.

Conforme a BloombergNEF (BNEF), o governo indiano quer desenvolver uma produção integrada, incluindo o silício policristalino, aumentando a capacidade que já é a maior do mundo fora da China.

A consultoria destaca que, além do país asiático, Estados Unidos e Europa também têm planos de expansão da capacidade produtiva no setor solar. Apesar desse cenário, a BNEF acredita que seria surpreendente acontecer um aumento na participação de países que não a China na produção global de módulos e células em 2022.