RN, Bahia e Ceará terão os menores custos de produção de hidrogênio verde no Brasil
Nordeste desponta como potencial player global do setor em razão da oferta de geração de energia renovável


Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará são os estados que potencialmente terão o menor custo de produção de hidrogênio verde do Brasil, apontam dados preliminares de um estudo realizado pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). O valor competitivo se dá por conta do custo e disponibilidade de áreas e da força do Nordeste como produtor de energias renováveis.
“Os estados do Nordeste do Brasil aparecem como as regiões mais promissoras nesse contexto, mas uma coisa que vai influenciar bastante vai ser a infraestrutura de energia disponível, e a localização do mercado consumidor, quem a gente vai atender. Isso vai ser estratégico”, apontou o o pesquisador do ISI-ER, Raniere Rodrigues.
Os dados que mostram onde e qual seria o possível custo de produção de hidrogênio até 2050 no país fazem parte de um estudo que está em desenvolvimento pelo instituto em parceria com a agência alemã de cooperação internacional GIZ e a consultoria Niras.
O diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello, explicou que a força do Nordeste como produtor de energias renováveis traz vantagens à região, entre outros pontos, justamente pela importância dessa energia no processo de produção do hidrogênio pela chamada eletrólise, um processo físico-químico que utiliza a energia de fontes renováveis como eólica e solar.
“A produção de hidrogênio verde, necessariamente, é consequente do uso da rota da eletrólise, que é um processo que utiliza muita energia. E, para esse fim específico, essa energia deve ser renovável”, disse Mello.
Ele assinala que a perspectiva é que os custos das energias renováveis no Brasil, já em queda, continuem caindo e abram caminho para preços extremamente competitivos para o hidrogênio verde na região.
“Mas quando nós pensamos que precisamos achatar o preço de um produto para que ele tenha competitividade, precisamos necessariamente ter evoluções tecnológicas, incrementar a escala de produção e ter um balanço onde todos os fatores que influenciam de forma positiva essa produção estejam em um grau adequado de superioridade aos fatores que dificultam essa produção”, pontuou ainda o diretor do ISI-ER.
A posição do Nordeste como região brasileira que mais produz energia eólica em terra e uma das maiores produtoras de energia solar, com potencial gigantesco para os próximos anos com a geração de energias offshore (no mar), aliados à redução nos custos de produção de eólica e solar nos últimos anos, projetam não só a região, mas o Brasil entre os maiores fornecedores de energia para o mundo.
Custos de produção de energia eólica e solar, observou o pesquisador, caíram em torno de 40% nos últimos 10 anos e a expectativa é que baixem em média mais 30% até 2050. “Se isso se concretizar de fato vamos chegar a 0,50 centavos de dólar por quilo para o hidrogênio”, complementou Mello.
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Emily Moura
Jornalista formada pela PUC-SP. Possui experiência nas áreas de jornalismo financeiro, econômico, tecnológico e de entretenimento.
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