Rio Grande do Sul e Enerfín firmam acordo para projeto de hidrogênio verde

O governo do Rio Grande do Sul e a empresa Enerfín do Brasil, do grupo espanhol Elecnor/Enerfín, assinaram um memorando de entendimento para desenvolvimento de potencial projeto de hidrogênio verde no estado. É a segundo iniciativa do tipo firmada pela administração gaúcha, após um acordo com a White Martins, em dezembro do ano passado.

Leia mais: 1ª resolução de licenciamento ambiental para hidrogênio verde do País é aprovada no Ceará

O texto do memorando define como objetivos o desenvolvimento de potencial projeto de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul e encontrar oportunidades para desenvolver, conjuntamente, um projeto de produção do insumo. 

Também orienta a buscar outras oportunidades relacionadas à área de energia ou de eletrificação de indústrias vinculadas ao projeto de hidrogênio verde e viabilizar cooperação e sinergias entre as partes para identificar eventuais entraves regulatórios e fiscais e oportunidades para o desenvolvimento de projeto de hidrogênio verde.

O local visto como uma opção para receber o projeto é o porto do Rio Grande, em Rio Grande. É o maior distrito industrial do estado, com 2.580 hectares e posição estratégica que apresenta sinergia com cadeias produtiva, além de vantagens logísticas, como escoamento da produção e recepção de matérias-primas.

Potencial indústria para o Brasil

O hidrogênio verde é combustível considerado essencial para a transição energética da economia global. Além de ser um possível substituto para insumos poluentes, reduzindo emissões de setores de difícil descarbonização, como a indústria de aço e o transporte marítimo, sua produção é realizado por meio de um processo que utiliza energia renovável, como eólica e solar.

O Brasil é visto como um possível exportadora do produto, por sua grande capacidade de geração renovável. Em 2021, o governo do Ceará lançou um Hub de hidrogênio verde, com objetivo de tornar o estado em um player global na produção, distribuição e exportação do combustível.

Também no ano passado, o Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou uma proposta de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que abrange os desafios e oportunidades que deverão ser considerados no desenvolvimento da indústria e do mercado de hidrogênio no Brasil.