Reunião ministerial do G20 termina sem acordo para fim de usinas a carvão

A reunião ministerial conjunta sobre clima e energia do G20, realizada na última sexta-feira (23/6) em Nápoles, Itália, terminou sem consenso sobre o estabelecimento de uma data limite para o fim das usinas a carvão que não compensem as próprias emissões e também para os subsídios de combustíveis fósseis ineficientes.

O encontro contou com a presença de ministros da energia e meio ambiente de governos dos 19 países do grupo das 20 maiores economias do mundo, que ainda conta com a União Europeia. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, representou o Brasil na conferência.

Conforme comunicado divulgado pela presidência italiana do G20, apesar da grande maioria dos países concordarem com a urgência dessas ações, um consenso não pode ser atingido na reunião.

O encontro terminou com comunicado conjunto englobando 58 ações unanimemente considerada por todos os membros como necessárias para impulsionar a implementação das metas do Acordo de Paris e perseguir a transição energética global nos próximos anos.

O documento é baseado na atuação em três grandes áreas: biodiversidade, uso eficiente de recursos e economia circular, e sustentabilidade financeira.

Ainda de acordo com a presidência italiana do G20, a maioria dos países reconheceu que o financiamento público de usinas a carvão sem compensação de emissões são incompatíveis com as metas de descarbonização. A percepção foi a mesma em relação aos subsídios a combustíveis fósseis ineficientes.

Porém, uma ação concreta referente a essas questões permanece em aberto. A expectativa é que esses pontos sejam retomados na próxima reunião de líderes do G20, programada para ocorrer em Roma, Itália, no final de outubro.

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