ONU: Acordo final da COP26 é importante, mas insuficiente
Pacto Climático de Glasgow foi assinado por 197 países e aborda revisão de metas de emissões, financiamento e mercado de carbono


A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021 (COP26) foi encerrada no último sábado (13/11), um dia após o programado, com 197 países assinando o Pacto Climático de Glasgow, se comprometendo em revisar metas de emissões até 2030 no próximo ano.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, classificou o acordo como um passo importante, mas não suficiente. O dirigente alertou para a necessidade de acelerar ações climáticas para manter viva a meta de limitar o aquecimento global.
O pacto propõe acelerar o desenvolvimento, instalação e disseminação de tecnologias e políticas que promovam a transição para sistemas de energia de baixa emissão, reduzindo gradualmente o uso de carvão e combustíveis fósseis ineficientes.
O texto também trouxe o compromisso de aumentar o apoio financeiro por meio do Fundo de Adaptação, propondo que países desenvolvidos dobrem suas contribuições até 2025.
O presidente da COP26, Alok Sharma, declarou que é possível afirmar que a meta de 1.5 C° foi mantida viva, mas que é necessário que promessas sejam cumpridas e compromissos traduzidos em ações rapidamente.
O enviado do governo dos Estados Unidos a COP26, John Kerry, disse que o texto é uma declaração poderosa e garantiu que o país se engajará construtivamente em um diálogo sobre perdas e danos bem como sobre adaptação.
A presidente da Comissão Eurupeia, Ursula von der Leyen, destacou conclusão de pontos em aberto do Acordo de Paris, como a criação de parâmetros para o mercado de carbono.
No Brasil, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, demonstrou frustração com volume de recursos dos países desenvolvidos para financiar uma transição justa para uma economia global de baixo carbono.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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