Energia renovável reduz em 12% as emissões de CO2 na Europa em 2021

As emissões de CO2 do setor de energia europeu em 2021 foram 12% menores do que no mesmo período antes da pandemia, aponta relatório da think tank Ember. O relatório divulgado nesta semana apresenta os últimos dados sobre a geração de eletricidade na Europa nos primeiros seis meses de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020 e 2019, antes da pandemia.

"Agora que o efeito pandêmico sobre o setor energético passou é possível observar uma clara tendência: os combustíveis fósseis estão em rápido declínio à medida que a Europa limpa seu setor energético", afirma o líder da Ember na Europa, Charles Moore.

O relatório aponta que os custos de energia fóssil disparam. Agora é duas vezes mais caro gerar eletricidade a partir de usinas existentes de gás e carvão do que novas usinas eólicas e solares.

"Mas o progresso está longe de ser suficientemente rápido para atingir a meta de emissões da própria UE, muito menos para atingir 100% de eletricidade limpa até 2035", comenta Moore.

O levantamento aponta que, na primeira metade de 2021, a demanda de eletricidade na Europa está no mesmo nível pré-pandêmico. Entretanto, a geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis permaneceu 10% menor do que antes da pandemia devido ao crescimento das energias renováveis (+11%).

No primeiro semestre de 2021, a energia limpa forneceu dois terços (66%) da eletricidade na UE, com fontes renováveis fornecendo 39% e a nuclear 27%. Em comparação, o carvão gerou apenas 14% da energia, caindo mais da metade desde 2015.

As energias renováveis mantiveram sua liderança sobre os combustíveis fósseis como principal fonte de eletricidade na Europa, um marco alcançado pela primeira vez em 2020, durante a pandemia.

A Ember aponta que, nos últimos 5 anos, a participação da energia limpa aumentou em média 1,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior no bloco europeu. De acordo com o Roteiro NetZero 2050 da Agência Internacional de Energia (IEA), todos os países da OCDE devem visar uma eletricidade 100% limpa até 2035.

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