Emissões precisam ser reduzidas pela metade até 2030 para limitar aquecimento global
Novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que atual ritmo de ação é insuficiente para combater mudanças climáticas


O atual ritmo de redução de emissões de gases do efeito estufa é insuficiente para combater as mudanças climáticas e limitar o aquecimento global a 1.5 °C, aponta o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidades (ONU).
Conforme o estudo, será necessário acelerar ações de adaptação às mudanças climáticas ao longo dessa década. Ao mesmo tempo, será preciso reduzir de forma rápida e profunda as emissões em todos os setores, cortando o volume quase pela metade em relação aos níveis atuais até 2030.
O IPCC destaca que mais de um século da queima de combustíveis fósseis, combinada com o uso insustentável do solo, elevou a temperatura do planeta em 1.1 °C na comparação com os níveis pré-industriais. Esse cenário resulta em eventos climáticos extremos mais frequentes, que tem causado impactos perigosos na natureza.
“Quase metade da população mundial vive em regiões altamente vulneráveis a mudanças climáticas. Na última década, mortes ocasionadas a enchentes, secas e tempestades foram 15 vezes maiores nesses locais de risco”, declarou uma das autoras do estudo, Aditi Mukherji.
O relatório afirma que há capital global suficiente para reduzir rapidamente as emissões, caso as barreiras existentes sejam reduzidas. A ação de governos, por meio de investimentos públicos e sinais claros a investidores, é essencial para aumentar o volume de aportes em iniciativas climáticas.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
Artigos que podem te interessar

A Muralha Regulatória que Protege o Sol: Como a ABNT e o CONFAZ Blindam o Setor Fotovoltaico contra o Casualismo Fiscal
O Brasil vive um paradoxo solar. Enquanto o país celebra recordes de instalação de energia fotovoltaica, impulsionado por uma matriz energética que se orgulha de sua crescente sustentabilidade, uma sombra de instabilidade jurídica
08/12/20253 min de leitura

PLP 182/2025: A tempestade tributária que pode afogar a energia solar brasileira
O governo federal está revivendo uma proposta que há 20 anos causou uma das maiores revoltas do setor produtivo brasileiro. O PLP 182/2025 traz de volta o espírito da famigerada MP 232 de 2004, conhecida como "tsunami tributário".
28/11/202510 min de leitura

A Lei 15.269 e o gosto amargo da insegurança jurídica
A sanção da Lei nº 15.269/2025, originada da Medida Provisória 1.304, deveria ser um momento de celebração para o setor elétrico brasileiro. E, em muitos aspectos, ela representa um avanço inegável.
26/11/20254 min de leitura
Reforma do setor elétrico é sancionada e convertida na Lei 15.269/2025
Texto final da MP 1.304 incluiu abertura do mercado livre e regulamentação do armazenamento de energia; ressarcimento por cortes de geração foi vetado
25/11/20256 min de leitura
Acordo final da COP30 omite menção a combustíveis fósseis
Conferência teve como principal resultado compromisso de mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano para ações climáticas
24/11/20252 min de leitura

Segurança jurídica na geração distribuída: a análise da motivação no desmembramento de usinas
Decisões subjetivas das distribuidoras sobre divisão de usinas criam insegurança jurídica e prejudicam investimentos em energia.
18/11/20257 min de leitura
Vetos à MP 1.304 podem comprometer investimentos em renováveis no Brasil
Absolar alerta que retirar a possibilidade de compensação às usinas afetadas por cortes de geração reduzirá atratividade de grandes projetos no país
17/11/20253 min de leitura
MP 1.304: entenda como será a abertura do mercado livre de energia
Aprovada pelo Congresso, reforma do setor elétrico permitirá adesão de todos os consumidores do país ao Ambiente de Contratação Livre (ACL)
12/11/20252 min de leitura

