Descarbonização exigirá cerca de US$ 47 trilhões de países do hemisfério norte até 2050

Estudo de comissão econômica da ONU indica necessidade de aumento de investimentos em energia limpa por parte de nações da Europa, América do Norte e Ásia Central

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O cumprimento das metas do Acordo de Paris em países da Europa, da América do Norte e Ásia Central exigirá um investimento acumulado de cerca de US$ 47 trilhões em energia limpa até 2050, indica estudo da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), divulgado nesta segunda-feira (19/09).

Leia mais: Descarbonização da energia poupará US$ 12 trilhões até 2050, diz Universidade de Oxford

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Conforme o relatório, os aportes anuais teriam de subir de 1,24% para 2,05% do Produto Interno Bruto (PIB) dessas regiões, entre 2025 e 2050. Isso elevaria o montante necessário para algo entre US$ 44,8 trilhões e US$ 47,3 trilhões, considerando qualquer atraso adicional na tomada de ações.

O documento reflete a opinião de peritos internacionais e estatísticos dos três continentes e lista uma série de soluções políticas e de tecnologia para atingir a neutralidade em carbono até a metade do século.

Os pesquisadores destacam que, apesar de crises energéticas e desafios internacionais, o mundo ainda tem como alcançar a descarbonização o se tomar as providências certas. A comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que os governos precisam criar formas de financiar uma transição energética justa.

Atualmente, mais de 80% da matriz de energia primária em países cobertos pela UNECE é baseada em combustíveis fósseis. Os modelos climáticos indicam que ações nacionais estão falhando no sentido de cumprir os objetivos do Acordo de Paris e da COP26.

Possíveis ações

O relatório indica que para alcançar a neutralidade será preciso: diversificar o fornecimento de energia usando tecnologias de baixo e zero carbono; acelerar a eliminação gradual de combustíveis fósseis; e aumentar a eletrificação de todos os setores com foco na energia renovável e na energia nuclear.

Também será preciso desenvolver novas formas de armazenamento de energia e construir a capacidade para apoiar a inovação generalizada de tecnologias de baixo e zero carbono incluindo sequestro, uso e armazenamento de carbono, hidrogênio e energia nuclear avançada.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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