COP26: Países firmam pacto pela descarbonização do transporte

Declaração não contou com assinatura de importantes polos do setor automotivo, como China, EUA, Japão e Alemanha

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UNFCCC/Kiara Worth

Mais de 30 países, além de governos regionais, companhias e organizações, assinaram uma declaração para acelerar a descarbonização do transporte rodoviário.

A carta foi divulgada nesta quarta-feira (10/11), dia dedicado ao setor de transporte na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021 (COP26), realizada em Glasgow (Escócia).

A meta proposta é de que todos os carros e veículos comerciais leves vendidos no mundo sejam não-emissores até 2040. Para os principais mercados, o objetivo deverá ser alcançado até 2035.

Entre os signatários, estão incluídos fabricantes automotivos, como a BYD, Ford, General Motos, Jaguar, Mercedes-Benz e Volvo, que se comprometeram em desenvolver estratégias de negócios para viabilizar as metas.

Entre os países que firmaram a declaração, estão Índia, Grã-Bretanha e México. O Brasil não assinou a carta, que contou com a adesão da cidade de São Paulo.

Esvaziamento

Chama a atenção a ausência de países com importantes frotas e polos de fabricação automotiva, como China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coréia do Sul, além de França e Espanha.

Não é o primeiro pacto da COP26 esvaziado pelas nações mais relevantes ao tema. Na última quinta-feira (4/11), mais de 40 países e de 30 companhias assinaram uma declaração para acelerar a transição energética da geração a carvão para fontes limpas e renováveis.

Porém, 15 dos 20 países que mais utilizam a fonte, incluindo China, Índia e Estados Unidos, não assinaram o documento.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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