COP26: China divulga meta de 1.2 TW de solar e eólica até 2030
Uma das mais aguardadas pela comunidade internacional, contribuição chinesa trouxe poucas novidades


Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021 (COP26), a China finalmente apresentou uma nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) para o cumprimento das metas do Acordo de Paris.
O documento, disponibilizado no site da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), traz o compromisso de atingir 1.2 TW de capacidade de geração solar e eólica até 2030.
O governo chinês também reforçou a meta de atingir o pico de emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060, objetivos já divulgados no ano passado durante discurso do presidente Xi Jinping na 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
A contribuição da China era uma das mais aguardadas pela comunidade internacional, por se tratar do maior emissor de CO2 do mundo. A ausência de metas mais ambiciosas ou planos de curto prazo foi vista como decepcionante por especialistas.
No início da semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou que os atuais compromissos nacionais não são o bastante para manter possível a meta de limitar o aquecimento global em 1.5 °C até 2050. “Para isso, são necessárias ações concretas agora para reduzir as emissões em 45% até 2030”, assinalou o dirigente.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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