Radar Setorial: guerra na Ucrânia agrava problemas de distribuição de semicondutores

Confira os principais destaques da agenda do setor elétrico

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A guerra na Ucrânia e interrupção de fábricas na China por conta de novos surtos de Covid-19 traz perspectiva de agravamento nos problemas de produção e distribuição global de semicondutores. Em razão desse cenário, que é problemático desde o início da pandemia, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, declarou recentemente que o governo federal pretende lançar um novo plano nacional de desenvolvimento de semicondutores.

Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), ainda faltam sinalizações concretas de quais medidas serão tomadas para fortalecer a produção nacional desse tipo de componente, utilizado em equipamentos fotovoltaicos. 

A entidade aponta que uma normalização das cadeias globais é prevista apenas para 2025. Porém, Estados Unidos, União Europeia, China e vários outros países estão investindo para que suas operações fabris. Para a Absolar, desenvolvendo tal estratégia, o Brasil estaria caminhando para minimizar as externalidades relacionadas à dependência do fornecimento de semicondutores.

Aneel: bandeira segue verde para beneficiários da Tarifa Social

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira (25/03 que os consumidores que recebem o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica seguem com bandeira tarifária verde no mês de abril, o que indica condições favoráveis de geração de energia e não traz acréscimos na cobrança.

Para os demais consumidores, excetuando-se os moradores de áreas não conectadas ao Sistema Interligado Nacional, a bandeira vigente no período será a de Escassez Hídrica, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Essa faixa de cobrança segue em vigor até o final de abril, quando a Aneel e o governo federal irão decidir se haverá continuidade ou não.

ONS: carga de energia deve crescer 3,7% em abril

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve aumentar 3,7% em abril, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Conforme o Boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), estão previstos 71.435 MW médios. 

A região Sudeste/Centro-Oeste terá a maior alta, com 5% de aumento e 41.682 MW médios. Para o Sul, a expansão esperada é de 4,2% com 12.467 MW médios. No Nordeste, o avanço é de 3% e 11.527 MW médios. O Norte deverá apresentar recuo de 4,6%, com o total de 5.759 MW médios, devido à redução parcial da carga de um consumidor livre da rede básica.

Reservatórios cheios no Norte e Nordeste

Ainda segundo o documento da ONS, a Média de Longo Termo (MLT), ou seja, a quantidade de chuvas que alimenta a vazão dos rios que chegam nos reservatórios das hidrelétricas, no Norte será de 133%; no Sul de 97%; no Sudeste/Centro-Oeste de 75% e no Nordeste de 43%. Todos os indicadores consideram como referência o dia 30 de abril.

Os prospectivos sinalizam ainda que, para o dia 30 de abril, que as regiões Norte e Nordeste permanecerão com os reservatórios próximos de seus níveis máximos, em 98,2% e 95%, respectivamente. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve ter sua capacidade em 69%. Para o Sul, os percentuais de armazenamento chegam a 40,5%, em ritmo de recuperação.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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