Prefeitura de Curitiba oficializa projeto da Pirâmide Solar da Caximba
Mais quatro propostas de usinas fotovoltaicas também foram entregues ao prefeito do município


O programa C40 CFF (Cities Finance Facility) acaba de entregar à Prefeitura de Campinas o projeto da Pirâmide Solar da Caximba, que vai instalar painéis solares sobre a área do aterro desativado para o funcionamento de uma unidade geradora fotovoltaica. Além da Pirâmide Solar, mais quatro projetos nos mesmos moldes foram entregues ao prefeito Rafael Greca, que inclusive sancionou a lei que autoriza o município a formar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) com a Copel.
A concessionária de energia poderá fazer a implantação, manutenção e operacionalização da Pirâmide Solar e de uma unidade geradora de biomassa, também no aterro sanitário desativado em 2010. A lei para viabilizar a sociedade entre a prefeitura e a Copel foi aprovada pela câmara municipal. "A energia solar está chegando com tudo em Curitiba. Nós, do Paraná, gostamos da energia da água, gostamos da energia do sol, gostamos da energia limpa. A população quer viver num mundo onde a gente não seja refém do desequilíbrio climático", comemorou Greca.
O projeto da Pirâmide Solar vai proporcionar grande economia com eletricidade aos cofres públicos. A energia gerada na unidade fotovoltaica da Caximba vai compensar parte da energia consumida nos prédios municipais. Todos os projetos solares entregues à prefeitura são totalmente sem custos e tiveram consultoria especializada e integral do C40, a rede mundial de cidades que debate os desafios decorrentes das mudanças climáticas e busca soluções urbanas inteligentes para eles.
As outras quatro usinas fotovoltaicas serão instaladas na rodoviária e nos terminais Pinheirinho, Boqueirão e Santa Cândida, localizados no extremo sul da cidade. A iniciativa faz parte do programa Curitiba Mais Energia, selecionado em 2018 pelo C40 CFF como um dos nove projetos do mundo que receberiam investimentos.
A usina de biomassa que ficará junto com a Pirâmide Solar no aterro sanitário desativado em 2010 vai utilizar como combustível o resíduo vegetal da manutenção da arborização viária e da coleta de resíduo vegetal do município. Juntas, as usinas de energia solar e de biomassa terão uma potência de 5 MW. O projeto da usina de biomassa está em elaboração sob coordenação da Copel, com conclusão prevista ainda para o início deste ano.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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