MME apresenta Plano de Trabalho Trienal do Programa Nacional do Hidrogênio
Conforme a pasta, projeções atuais posicionam o Brasil como país com menor custo de produção de hidrogênio de baixo carbono


O Ministério de Minas e Energia apresentou o Plano de Trabalho Trienal (2023-2025) do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) durante reunião ampliada com o setor privado nesta terça-feira (16/08). Conforme a pasta, cerca de US$30 bilhões em projetos de hidrogênio de baixo carbono já foram anunciados no setor.
Na ocasião, o secretário nacional de transição energética e planejamento do MME, Thiago Barral, detalhou as ações propostas para os próximos três anos. “O Brasil possui potencial técnico para produzir 1,8 gigatoneladas de hidrogênio por ano. As projeções atuais colocam o Brasil como o país com menor custo de produção de hidrogênio de baixo carbono e seus derivados.”
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A reunião teve como objetivo apresentar ao setor privado o plano de trabalho e as potencialidades do Brasil na produção do hidrogênio de baixo carbono, além de ouvir as propostas para cada modelo de setor.
Entre as prioridades do PNH2 colocadas no documento estão a definição de um marco legal-regulatório nacional, a intensificação de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação – com foco na redução de custos, e a ampliação do acesso a financiamentos para projetos voltados à produção do hidrogênio.
“O desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono no Brasil trará maior segurança energética, criará novos empregos, contribuirá para a descarbonização da indústria e dos transportes e ajudará a criar um mercado internacional desse vetor da ordem de bilhões de dólares. O PNH2 também é um marco fundamental na estratégia do Brasil para liderar a transição energética no mundo”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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