Inovagro: R$ 2,6 bi para incentivar o uso da energia renovável no agronegócio
Também serão disponibilizados R$ 5 bilhões para financiar programas ambientais e técnicas de cultivo sustentáveis


O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) receberá R$ 2,6 bilhões em recursos com taxas de juros de 7% ao ano, anunciou o Governo Federal ontem (22/6) durante o lançamento do Plano Safra 2021/2022. O programa dissemina o uso de novas tecnologias nas propriedades rurais, como a produção própria de energia renovável. Em 2020, o valor destinado para o programa somou R$ 2 bilhões.
No total, o Plano Safra terá R$ 251,2 bilhões, aumento de R$ 14,9 bilhões (6,3%) em relação ao ciclo anterior.
Além do Inovagro, informou o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também será fortalecido o Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC) e uma linha para o financiamento de técnicas de cultivo sustentáveis.
Nesses casos, serão disponibilizados R$ 5,05 bilhões em recursos com taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano, carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos.
Também serão financiados projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável. O limite de crédito coletivo para projetos de geração de energia elétrica a partir de biogás e biometano será de até R$ 20 milhões.
“O Plano Safra é um grande fomentador do desenvolvimento agropecuário em bases sustentáveis, dado que incentiva a modernização tecnológica e a aplicação das melhores práticas no campo, em conformidade com a legislação ambiental brasileira, uma das mais avançadas do mundo”, declarou o diretor de crédito e informação da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do MAPA, Wilson Vaz de Araújo.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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