Falta de apoio político e de incentivos são gargalos para hidrogênio no Brasil
Governo fez reunião com mais de 40 instituições para colher percepções do setor privado sobre como desenvolver esse novo mercado no País
A falta de apoio político e de incentivos financeiros são vistos como as principais barreiras para o desenvolvimento de uma economia verde do hidrogênio no Brasil, mostra mapeamento realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) com agentes do setor privado atuantes no setor. O levantamento foi apresentado em reunião na semana passada.
De acordo com a pasta, o objetivo do encontro foi colher percepções sobre o escopo das diretrizes que possam ser consideradas no Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). Estiveram presentes representantes de mais de 40 instituições. O MME informou que, a partir das contribuições, a equipe técnica do ministério irá concluir o desenho das diretrizes do programa.
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“Nosso objetivo é criar bases para ampliação abrangente, consistente e sistematizada da indústria e do mercado de hidrogênio no Brasil, concretizando, ainda, o potencial exportador do País”, afirmou a chefe da assessoria especial de assuntos regulatórios do MME, Agnes M. da Costa.
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Em abril, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) determinou ao MME, em cooperação com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Regional, e com o apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a apresentação de diretrizes do programa.
No final de junho, o governo brasileiro apresentou um pacto energético sobre hidrogênio durante o Fórum Ministerial do Diálogo em Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia. O instrumento estabelece um compromisso voluntário e tem como objetivo reforçar o papel desta tecnologia na descarbonização.
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“O pacto estabelece metas para alocação de recursos para pesquisa e desenvolvimento, construção de capacidade e geração de conhecimento. Uma rápida consolidação de uma economia de hidrogênio está ocorrendo no Brasil”, disse na ocasião o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
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Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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