EPE prevê geração distribuída atingindo 37 GW em 2031

Plano decenal de expansão de energia estima que modalidade representará 17% da capacidade instalada do País

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O mercado brasileiro de geração distribuída (GD) poderá atingir 37 GW em 2031 e pouco mais de quatro milhões de unidades de geração, representando 17% da capacidade instalada do País, aponta a minuta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2031) elaborada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). É a primeira vez que a modalidade é incluída no estudo.

Conforme a EPE, isso decorre da crescente relevância do segmento. A projeção levou em conta o marco legal da GD. No cenário de referência, foi avaliado que o texto da Lei 14.300 proporciona maiores incentivos em relação ao projetado no PDE 2030. Dessa forma, espera-se que haja a continuidade do grande interesse por instalações de micro e minigeração na próxima década.

Conforme a estimativa, a tecnologia solar fotovoltaica mantém-se com a principal fonte nesse segmento, respondendo por cerca de 93% de toda essa expansão. Em comparação com o PDE 2030, há aumento de cerca de 20 GW de expansão de MMGD em 2031, acarretando, desta forma, em diminuição na carga a ser atendida pela geração centralizada de energia.

Evolução da capacidade instalada no SIN

O estudo estima que a capacidade instalada de geração elétrica aumentará 37% até 2031, alcançando 275 GW. Pouco mais da metade da capacidade instalada será hídrica (51%), enquanto as fontes eólica e solar fotovoltaica centralizada terão crescimento relevante, acrescentando juntas em torno de 9 GW.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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