Brasil e China firmam instrumento de cooperação no desenvolvimento de renováveis
Governos dos dois países assinaram um memorando de entendimento sobre pesquisa e inovação em 16 áreas, incluindo energia limpa e mudanças climáticas


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Brasil firmou um memorando de entendimento sobre cooperação em pesquisa e inovação com o governo da China. O instrumento visa promover parcerias entre os dois países no desenvolvimento científico, tecnológico e industrial de 16 áreas, incluindo energia limpa e mudanças climáticas, além de biotecnologia, cidades inteligentes, economia digital, tecnologia da informação.
A iniciativa prevê, por exemplo, a realização de pesquisas conjuntas, mobilidade de pesquisadores, visitas técnicas mútuas e organização de eventos científicos. O documento foi assinado em Pequim, na quinta-feira (14/04) pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre agenda oficial no país asiático.
Também na quinta-feira, Lula e o presidente da China, Xi Jinping, publicaram uma declaração conjunta sobre o combate à mudança do clima. Na carta, os dois países enfatizaram a necessidade de combinar uma ação urgente com a preservação da natureza para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo a erradicação da pobreza e da fome, e se comprometeram a ampliar, aprofundar e diversificar a cooperação bilateral sobre o clima.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. O país asiático também concentra a maior parte da indústria global de equipamentos de energia solar. Em 2022, o mercado brasileiro foi o segundo maior comprador de painéis solares chineses, atrás apenas da Holanda, o centro logístico da Europa. No total, 17,9 GW em módulos fotovoltaicos foram importados.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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