ONS prevê alta de 1,8% da carga elétrica nacional em janeiro
Projeções levam em conta indicadores de diversos setores da economia


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima carga positiva de 1,8% em janeiro no Sistema Interligado Nacional (SIN), com previsão de 73.652 MW médios. O dado consta no primeiro boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) de 2022.
Conforme o documento, três subsistemas indicam estimativas de expansão, sendo a maior para a região Norte, em 5,8%, com 5.922 MW médios. Seguido pelo Sul, com aumento de 5,5%, chegando a 13.608 MW médios. No Nordeste, a carga sobe em 2% e atinge 11.999 MW médios. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste segue em estabilidade, com 42.123 MW médios e 0% de avanço.
O ONS explica que as projeções de carga descritas no documento levaram em consideração resultados apresentados por indicadores de diversos setores da economia. A inflação elevada, o ciclo de alta de juros e a recuperação gradual do mercado de trabalho passaram a ser os maiores obstáculos do momento e para os próximos meses.
Reservatórios mais cheios no Norte e Nordeste
O documento estima, ainda, as afluências do primeiro mês de 2022. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o percentual está próximo da média histórica para o mês, em 96% da Média de Longo Termo (MLT). Já no Norte, a Energia Natural Afluente (ENA) deve ser de 183% da MLT; seguido do Nordeste, com índice de 123% da MLT. A perspectiva no Sul é de 40% da MLT.
A previsão é de que os reservatórios, localizados nas regiões Norte e Nordeste, fiquem mais cheios em janeiro. No Norte, devem atingir 85,7% de sua capacidade ao fim do mês. No Nordeste, o alcance estimado é 72,5%. Na região Sudeste/Centro-Oeste, o nível será de 37% e o Sul registrará 34%.
Para a próxima semana operativa, o Custo Marginal de Operação (CMO) estão com seus valores variando entre os subsistemas. Nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, espera-se um aumento de 4,85%, saindo de R$ 63,54% para R$ 66,62. No Nordeste, segue em queda de 16,32%, do total de R$ 43,13 para R$ 36,09. Já no Norte, o valor de R$ 43,13% chegará a zero.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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