CMSE prevê recorde de expansão de geração de energia elétrica em 2023

A estimativa do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) é de um recorde histórico na expansão da capacidade instalada de geração de energia elétrica em 2023. De acordo com o estudo, o crescimento da oferta será majoritariamente pelo incremento das fontes solar e eólica no sistema elétrico nacional. A projeção foi apresentada na última quarta-feira (15/03) durante reunião ordinária do colegiado. 

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) destacou que o mês de fevereiro finalizou com os melhores níveis de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) dos últimos 16 anos, chegando a 749 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica. Em 2023, a expansão totalizou 2.027 MW.  

Na geração distribuída, a expansão verificada em 2023 foi de 1.813 MW, atingindo o total de aproximadamente 18,2 GW instalados no país. 

Em março, a indicação é de uma Energia Natural Afluente (ENA) abaixo da média histórica para todos os subsistemas, com condições de 83%, 89%, 44% e 87% para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No que diz respeito ao SIN, o estudo indica condições de afluência de 80% da MLT, sendo o 13º menor março de um histórico de 92 anos. 

Para o mês, a expectativa nesses subsistemas é de 83,9%, 83,0%, 88,0% e 99,8% da EARmáx, considerando o cenário inferior, enquanto o cenário superior tem-se previsão de 85,4%, 83,7%, 89,5% e 99,9% da EARmáx. Para o SIN, a previsão para o último dia de março é 85,4% da EARmáx, para o cenário inferior e 86,8% para o cenário superior. 

O Ministério de Minas e Energia (MME) explicou em nota que a elaboração das curvas considerou metodologia similar à utilizada para as curvas de referência de 2022 e a atualização de premissas, como as restrições hidráulicas vigentes, oferta e demanda de energia elétrica. 

Também foi utilizado cenário de aversão construído a partir dos valores de Energia Natural Afluente (ENA), entre outubro de 2020 e setembro de 2021, quando foram registrados os piores valores de afluências em 12 meses do histórico de 92 anos.  

Além disso, o estudo considerou o armazenamento mínimo de 21,4% no SIN ao final de novembro de 2023, com a seguinte distribuição entre os subsistemas: 20% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 30% no Sul, 23,5% no Nordeste e 22,5% no Norte.  

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