Araxá Solar volta ao mercado de geração distribuída com investimento de R$ 450 milhões até 2022
Em entrevista ao Portal Solar, Rodolfo Pinto, sócio da companhia, revela os novos planos de expansão do negócio


A Araxá Solar retornou ao mercado de geração distribuída (GD) e investirá R$ 450 milhões até o final de 2022 em projetos que irão totalizar 150 MW. A empresa aposta em uma plataforma de captação de recursos para permitir participação de investidores com um ticket menor no setor de energia.
“Fizemos uma avaliação de potencial de mercado e existe muito espaço para atuar na GD. É um mercado que se manteve pujante mesmo durante a pandemia. Quando olhamos para o setor elétrico, entendemos que essa é uma tendência óbvia, em função da redução de custos, diminuição das perdas e melhoria técnica”, declarou o diretor e sócio da Araxá Solar, Rodolfo Pinto, em entrevista ao Portal Solar.
A empresa atuava no mercado de GD até 2016, quando vendeu sua operação para a Engie em um negócio que foi concluído em 2018. Pinto explicou que as primeiras usinas começarão a ser construídas em janeiro de 2021 e os projetos terão potência entre 1 MW e 5 MW.
“Vamos começar em Minas Gerais e no Rio de Janeiro e depois expandir pelo Sudeste e no Sul. Nosso público-alvo é o consumidor comercial e a pequena indústria, que estão conectados a baixa tensão e não conseguem migrar para o mercado livre.”
O executivo conta que a captação de recursos será estruturada de forma a atrair investidores com um ticket inferior à média do setor de energia. “A GD traz projetos menores que permitem esse perfil. Os grandes projetos do setor exigem aportes bilionários, é difícil entrar. É uma aposta nossa que esse veículo vai funcionar como um family office. Estamos otimistas.”
No início de agosto, a Araxá Solar também lançou uma empresa de mobilidade elétrica e armazenamento de energia, a Mobs. “Queremos ocupar esse espaço entre o setor de transporte e o de energia, são duas indústrias que precisam conversar”, assinalou o executivo.
“Vamos atuar na parte de soluções e serviços no país. É um mercado que precisa ser entendido melhor. Acredito que está em um estágio similar ao setor solar de seis ou sete anos atrás. Com as baterias, carros elétricos e a GD, temos uma revolução energética que chega ao ambiente urbano. É uma transição que já está ocorrendo e é uma questão de ganhar volume e massificar”, completou o diretor da companhia.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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