WEG: Negócio de energia solar distribuída desacelera no primeiro trimestre
Ainda assim, a companhia informou que o segmento teve importante contribuição para o lucro reportado de R$ 764,2 milhões


As incertezas sobre a revisão das regras do mercado de geração distribuída, somado a base de comparação com 2020, acabaram refletindo nos resultados do negócio de energia solar fotovoltaica da multinacional brasileira WEG. Ainda assim, a companhia informou que o segmento teve importante contribuição para o resultado financeiro reportado pela companhia no primeiro trimestre do ano.
A WEG reportou lucro de R$ 764,2 milhões no período, crescimento de 74% em relação ao resultado de 2020. De acordo com a companhia, houve a manutenção do bom desempenho observado em grande parte dos negócios, com performance positiva também no mercado interno. A empresa informou que os equipamentos de ciclo longo tiveram papel relevante, com destaque para as áreas de transmissão e distribuição (T&D) e automação industrial.
“O negócio de geração solar distribuída também apresentou boa demanda, contribuindo positivamente para o bom desempenho da área de GTD [Geração, Transmissão e Distribuição de energia], porém em ritmo menor do que o apresentado nos últimos trimestres”, declarou o gerente de Relação com Investidores da WEG, André Salgueiro, durante teleconferência com investidores.
“É um negócio que se desenvolveu bastante, teve um ritmo de crescimento acelerado ao longo dos últimos três anos. Acredito que foi o principal negócio em termos de crescimento na WEG nesse período. Hoje já temos uma base muito boa que contribui para nosso resultado”, assinalou o executivo.
Ele ressaltou que desde o final de 2020, a empresa espera a continuidade do crescimento do segmento, mas em patamares mais normalizados. “De fato, é o que está acontecendo. A GD continuou crescendo, teve um trimestre positivo, mas em níveis mais próximos a outros negócios.”
De acordo com Salgueiro, a base de comparação e as discussões entorno da revisão das regras para geração distribuída explicam o resultado. “Toda a questão regulatória acontecendo em paralelo faz com que o mercado continue crescendo, mas proporcionalmente num ritmo menor”, disse em referência ao trâmite de um projeto de lei no Congresso que definirá um marco legal para a geração distribuída e ao processo de revisão das regras da modalidade na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Ele ressaltou que a WEG continua otimista em relação ao mercado solar no Brasil. “É um negócio que faz todo o sentido no país pelas condições de radiação solar e custo de energia. Estamos muito bem posicionados para endereçar esse mercado, tanto na parte de GD quanto na geração centralizada. É um setor que tende a continuar se desenvolvendo, mas num ritmo um pouco menor que o apresentado nos últimos anos”, disse Salgueiro.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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