Rio Alto Energias Renováveis caminha para IPO
Empresa quer investir na construção de empreendimentos solares a partir de recursos obtidos com a emissão de ações


Na busca de se tornar uma empresa de capital aberto, a Rio Alto Energias Renováveis contratou bancos para avaliar a possibilidade de uma oferta inicial no mercado de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo prospecto preliminar divulgado pela companhia por meio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com o documento, para coordenar a oferta foram contratados a XP Investimentos, o BTG Pactual, o Bradesco BBI e o Credit Suisse, mas ainda não traz projeções sobre os valores envolvidos no potencial de operação.
Segundo a empresa, que atua em geração e comercialização de energia, os recursos obtidos com a emissão de ações devem ser usados para investir na construção de empreendimentos solares, incluindo projetos de expansão de seu complexo Coremas e dos parques Santa Luzia, Sol do Agreste e Lagoa Tapada. Ainda de acordo com informações da companhia, que já opera três usinas do parque Coremas na Paraíba, com cerca de 93 megawatts, o objetivo é alcançar 1,8 gigawatt em capacidade instalada até 2023.
“O IPO também deverá servir para reforço de caixa e para potenciais operações de fusões e aquisições com empresas que apresentem sinergias aos negócios da companhia", acrescentou a Rio Alto no documento.
A projeção da empresa é tornar operacional mais cinco usinas ao longo deste ano. A companhia ainda tem sete projetos em fase de estruturação, o que permitiria mais 1,57 gigawatt adicional. A Rio Alto tem como estratégia a venda da produção futura dos empreendimentos no mercado livre de energia, onde grandes consumidores como indústrias negociam preços e suprimento diretamente com fornecedores.
A empresa fechou contratos de venda de longo prazo junto à estatal paranaense Copel, para os próximos projetos a serem construídos e expansões do parque de Coremas.
Segundo o documento, a Rio Alto também já vendeu parte da capacidade de outros projetos, prontos para construir, em contratos com a estatal Furnas, da Eletrobras, e a comercializadora de energia Tradener. Também tem negociações como o Banco do Nordeste, para financiar as usinas e já assegurou recursos para sete das oito unidades previstas no complexo Coremas, ainda de acordo com o prospecto.
A movimentação da Rio Alto rumo à bolsa vem em um momento que, mesmo em meio à crise do coronavírus, o mercado de capitais brasileiro está aquecido, com diversos IPOs. Além disso, o setor de energia renovável do Brasil segue atraindo apetite de investidores. Um movimento parecido aconteceu no fevereiro, quando a comercializadora de eletricidade Focus Energia realizou um IPO para financiar a implementação de projetos solares que levantou cerca de R$ 765 milhões.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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