Eletrobras lucra R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre

A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre de 2021, valor 439% superior ao mesmo período do ano passado. Conforme resultados divulgados na quarta-feira (11/8), o lucro líquido recorrente da companhia, de R$ 4,5 bilhões, foi 601% maior na mesma base de comparação.

Também tiveram aumento a receita operacional líquida, que atingiu R$ 7,9 bilhões, com acréscimo de 49% em relação ao trimestre do ano anterior, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) de R$ 3,3 bilhões cresceu 64% no período. Já o Ebitda recorrente foi 116% superior.

Conforme a empresa, o trimestre foi impactado positivamente pelos resultados em transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica, com efeitos a partir de julho de 2020, e pela melhora nos resultados de geração.

A Eletrobras indica que a geração foi beneficiada pelo aumento do volume e preços praticados nos contratos bilaterais do Ambiente de Contratação Livre (ACL), maior receita no mercado de curto prazo, decorrente da liquidação na CCEE, influenciada pelo aumento de preços do PLD* (Preço de Liquidação da Diferenças), e maior comercialização de energia decorrente de importação do Uruguai, devido à redução dos volumes das principais bacias hidrográficas que compõem o sistema interligado brasileiro.

Por outro lado, o resultado foi negativamente impactado pelas provisões para contingências judiciais. A dívida líquida registrou queda de 18% desde o primeiro trimestre, e o indicador dívida líquida/Ebitda atingiu o valor 1,0x, o menor dos últimos anos.

Os investimentos realizados em geração foram de R$ 483 milhões, dos quais R$ 154 milhões em manutenção e R$ 329 milhões em implantação. Deste total, R$ 250 milhões foram alocados em Angra 3. Já em transmissão, foram investidos R$ 277 milhões, dos quais R$ 213 milhões destinados a reforço e melhorias.

Nota explicativa:

* O PLD é o preço à vista (spot) da energia elétrica no Mercado de Curto Prazo (MCP). É utilizado como indicador para os contratos do mercado livre. No MCP, é usado na contabilização e liquidação das diferenças dos contratos de energia.

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