Copom eleva taxa básica de juros para 5,25% ao ano
Medida pode gerar aumento nas taxas de empréstimos e financiamentos oferecidas pelo setor bancário


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem (4/08), por unanimidade, acelerar o aumento da taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 5,25% ao ano. O órgão justificou a decisão diante da persistência de aumento da inflação no Brasil. Um novo ajuste na mesma proporção pode ocorrer na próxima reunião do Copom, em setembro, o que pode elevar a Selic para 6,25% a.a..
Em nota, o Copom destacou novas pressões inflacionárias, como a possível elevação do adicional da bandeira tarifária de energia elétrica e os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de condições climáticas adversas.
Um novo reajuste no valor da bandeira tarifária vermelha II está em discussão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Cabe lembrar a medida pode levar a aumentos nas taxas de empréstimos e financiamentos oferecidas pelo setor bancário para diversos produtos, como para aquisição de automóveis, imóveis e equipamentos para autoprodução de energia solar fotovoltaica.
Leia mais: Aneel debate novo aumento no valor da bandeira vermelha
“O Copom considera que, neste momento, a estratégia de ser mais tempestivo no ajuste da política monetária é a mais apropriada para garantir a ancoragem das expectativas de inflação. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o comunicado.
A expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus, também publicada pelo Banco Central, encontram-se em torno de 6,8%, 3,8% e 3,25%, respectivamente.
Já as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 6,5% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023, levando em conta um patamar do dólar em R$ 5,15.
“Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 7,00% ao ano em 2021, mantém-se nesse valor durante 2022 e reduz-se para 6,50% ao ano em 2023. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 10,0% para 2021 e 4,6% para 2022 e 2023”, indica o órgão.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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