Zurich lança seguro voltado para equipamentos de energia solar
Apólice vai cobrir riscos durante instalação e montagem dos kits fotovoltaicos


A Zurich lança um seguro para instalar e montar os equipamentos fotovoltaicos tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas. Segundo a seguradora, a crescente demanda por energia solar exigiu essa gestão de risco, como forma de minimizar impactos de eventos adversos.
“Apesar de não parecer não haver tanto risco destaca, esse modelo exige, sim, um planejamento e uma gestão eficiente para minimizar impactos de eventos adversos”, explica o consultor de Engenharia de Riscos da Zurich, Ronoel Souza.
A empresa, por exemplo, vai oferecer proteção contra eletrocução. “É importante identificar formas rápidas de cessar essa reação, pois, mesmo desconectado de todo o sistema, ele ainda gera potencial elétrico”, explica.
Entre as alternativas oferecidas para essa questão, estão sistemas que bloqueiam a luz solar em caso de eventos do tipo. “É fundamental também a inspeção anual dos equipamentos, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a calibração periódica e os testes nos dispositivos. Além disso, é importante evitar a exposição das salas elétricas a elementos como pragas e animais e promover meios seguros de seccionamento dos painéis”, detalha.
A demanda por energia solar cresce em todo o mundo, sobretudo pela melhora no rendimento, na eficiência e nas técnicas de produção da tecnologia, o que gerou uma redução de custos parta a aquisição dos equipamentos. Além disso, o Brasil já tem disponível diversas linhas de financiamentos para a modalidade, atendendo desde residências, comércios, indústrias, agronegócios, entre outros.
“Sem contar que enquanto a tarifa de energia solar em São Paulo é de R$ 0,45 por quilowatt/hora, com a energia solar fotovoltaica, esse valor é de R$ 0,30”, acrescenta. De olho nesse mercado, outras seguradoras também estão lançando produtos que oferecem proteções que podem incluir cobertura para danos da natureza, incêndios e roubo.
Segundo o corretor e diretor de Comunicação do Sindicato dos Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros, de Capitalização, de Previdência Privada e de Resseguros no Estado de Goiás (Sincor-GO), Hailton Neves, todo dia uma seguradora adapta um produto ou cria algo novo, visando atender às demandas do segmento de energia solar. É um ramo de seguro que promete boa rentabilidade, seja para o corretor ou para as companhias seguradoras. “Há demanda no mercado e a tendência é de crescimento por causa das condições favoráveis à instalação de parques de geração de energia solar fotovoltaica no Brasil e a evolução da legislação específica do setor”, explica.
Ele explica que o mercado já oferece uma gama de produtos voltados para as diferentes etapas de desenvolvimento de um projeto de energia eólica ou solar, que envolvem construção, usina pronta, geração e transmissão, pessoas que trabalham no setor e até contratos de fornecimento. “Geralmente, são projetos de grande envergadura financeira e, por isso, demandam coberturas de seguros que vão desde o início das obras até a maturação e consolidação do projeto”, informa.
De acordo com a presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Grandes Riscos da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Thisiani Gisele Matsumura Martins, as primeiras apólices nesse segmento foram emitidas somente em 2014, com os incentivos fiscais para a geração de energia.
“A procura aumenta à medida que o segmento evolui. Os grandes investimentos induzem os empresários a buscarem proteção securitária. Acreditamos que a tendência é de crescimento, tendo em vista que o Brasil tem um déficit de infraestrutura energética e devido, também, à possibilidade de desenvolvimento e alavancagem da economia”, destacou.
A Argo Seguros oferece cobertura de seguros para placas solares, inversores e até estruturas de fixação dos equipamentos. “No seguro de instalação e montagem, também é possível cobrir danos causados a terceiros, erros de projetos, entre outras coberturas disponíveis”, afirmou Daniel Camargo, Underwriter de Consumer Lines da Argo. “Como os equipamentos ficam ao ar livre, os principais riscos estão relacionados as chuvas e ventos, além de riscos de incêndio e quedas de raio. Já na modalidade Riscos de Engenharia, as maiores exposições estão voltadas aos danos para os módulos, durante o processo de instalação”, acrescentou.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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