WEG aponta melhora na demanda por geração solar distribuída no 2º trimestre
Impactado pela restrição de crédito, segmento ainda segue com desempenho inferior ao registrado em 2022


O negócio de geração solar distribuída (GD) da WEG apresentou melhora no segundo trimestre em relação ao resultado do início do ano, mas segue com desempenho inferior ao registrado em 2022. A companhia divulgou os resultados financeiros na quarta-feira (19/07), com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no trimestre, avanço de 49% na comparação anual.
Conforme a empresa, a GD solar impactou no resultado da área de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD) no mercado brasileiro, onde foi registrado recuo de 4,4% na receita em relação ao segundo semestre de 2022.
Na avaliação da WEG o segmento, que permite que consumidores residenciais e comerciais produzam a própria energia por meio de instalações fotovoltaicas, ainda está sendo impactado pela mudança de regulação, promovida pela Lei 14.300, ao maior custo de financiamento e redução do preço da energia elétrica no Brasil.
“Esse segmento está sofrendo um pouco mais pelas mudanças regulatórias e, especialmente, pela situação de alta de juros e limitação de crédito”, declarou o diretor de finanças e relações com investidores da WEG, André Salgueiro, durante a teleconferência para investidores, realizada nesta quinta-feira (20/07).
“Temos expectativa de que a GD solar apresente evolução ao longo do ano, mas é um negócio que vem andando de lado. Vamos ter que observar se vai ocorrer alguma redução na taxa de juros e como será o desenvolvimento no segundo semestre”, acrescentou o executivo.
No primeiro trimestre, a companhia havia reportado uma redução na demanda por GD solar, mas uma performance positiva na geração solar centralizada, segmento composto por grandes usinas de energia solar. Esse setor tem sido impulsionado principalmente pelo mercado livre de energia.
De acordo com Salgueiro, o crescimento da geração centralizada tem ajudado a compensar o desempenho da geração distribuída no mercado brasileiro. “A geração centralizada deve continuar crescendo e ganhando relevância.”

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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