Projetos terão que se adaptar a restrição de módulos, diz STI Norland

O cronograma de implementação de usinas fotovoltaicas no Brasil terá que se adequar aos problemas na cadeia de fornecimento de módulos fotovoltaicos, avalia o coordenador de P&D da STI Norland, Paulo Gonçalves.

Em entrevista ao Portal Solar, o executivo da fabricante de rastreadores e estruturas fixas detalhou que a empresa está preparada para atender o crescimento esperado do mercado brasileiro, mas que o setor lidará com incertezas relacionadas a oferta de equipamentos da China.

“Já temos projetos de geração solar centralizada vendidos para o ano que vem. Mas o que está balizando esse crescimento é o fornecimento de módulos e existem questões no mercado fabricante”, disse Gonçalves.

Principal polo de fabricação de módulos fotovoltaicos, a China tem sido impactada por problemas na disponibilidade de matéria-prima, crise energética e restrições no transporte marítimo.

“Existe um impacto, porque ninguém sabe como isso irá caminhar. Nós crescemos de acordo com que o vendedor executa”, detalhou o executivo. Ele acredita que STI terá projetos vendidos para 2023 até o final do ano e já está programada para garantir esse fornecimento.

“Passamos por um problema sério de fornecimento na pandemia, quando as usinas de aço interromperam operações. Pensando nisso, a STI conseguiu viabilizar negociações e hoje conta com um estoque grande”, contou.

Participação de mercado

Gonçalves declarou que, atualmente, a empresa detém 76% de market share no mercado de soluções para usinas fotovoltaicas no Brasil. Ele acredita que essa fatia irá diminuir no próximo ano, em razão da entrada de novos players no País, mas que a fabricante terá crescimento de vendas. 

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