Pequenos negócios devem ficar atentos ao aumento da Selic
Movimento de alta deixa crédito mais caro e aumenta a atenção sobre a gestão financeira


Sebrae alerta: donos de pequenos negócios que recorreram ao crédito ou que pretendem fazê-lo devem ficar atentos às movimentações como o aumento da taxa básica de juros (Selic), realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Na última quarta-feira (4/08), a taxa passou de 4,25% para 5,25%. Além disso é possível que, em setembro, a Selic cresça mais um ponto percentual, o que irá impactar nos empréstimos atrelados a esse índice.
O analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Giovanni Beviláqua, alerta que as parcelas dos empréstimos obtidos no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) também ficarão mais caros.
“É possível que os empreendedores ainda não estejam percebendo esse impacto sobre o aumento das parcelas de pagamento devido às operações ainda estarem no período de carência, mas é importante lembrar que isso significa somente que, no período de carência, não há o pagamento das parcelas, mas o saldo devedor está sendo corrigido pela taxa de juros contratada, no caso do Pronampe, a Taxa Selic vigente mais 6% ao ano”, destaca o analista.
Ele recomenda que aqueles que recorreram ao programa tenham um controle muito atento ao saldo devedor. Apesar do contexto negativo, Giovanni ressalta que, mesmo com o aumento da Selic, o Pronampe continua sendo uma das melhores opções para os donos de pequenos negócios.
“Haverá um impacto no valor das parcelas das operações; mas, mesmo com a alta da Selic e com o programa sendo atrelado a essa taxa mais 6% ao ano, os juros ainda são menores do que os cobrados em média no mercado financeiro, que giram em torno de 30% ao ano para os pequenos negócios. Ou seja, continua sendo uma das melhores opções de crédito”, ressalta o analista do Sebrae.
Segundo Beviláqua, os empreendedores devem acompanhar com atenção a sua gestão financeira e, caso necessário, solicitar aos bancos o saldo devedor dessas operações de crédito e acompanhar a evolução.
“Essa é uma parte muito importante do controle financeiro. Mesmo que você não esteja pagando o empréstimo no momento, você deve colocar isso no fluxo de caixa para avaliar o pagamento das parcelas de todo o período do contrato”, assinala Beviláqua.
Ele também recomenda que se o empreendedor tiver uma folga financeira, vale a pena avaliar se compensa antecipar o pagamento. “A minha dica para os empreendedores enfrentarem esse aumento é: atenção ao fluxo de caixa e uma boa gestão financeira. Além disso, o acompanhamento dos indicadores e movimentações macroeconômicas devem sempre estar no radar para aprimorar a gestão dos negócios”, finaliza.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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