Intelbras aposta em carregadores para veículos elétricos

De olho no avanço da mobilidade elétrica no Brasil, a Intelbras aposta na comercialização de equipamentos de recarga para veículos em 2023. A empresa ainda espera uma retomada no crescimento do mercado de energia solar, após um primeiro semestre em que a demanda foi impactada pela restrição de crédito e mudanças regulatórias.

Em entrevista ao Portal Solar, o diretor da unidade de energia solar da Intelbras, Márcio Osli, afirmou que a estratégia da empresa é acompanhar o crescimento do setor de mercado de mobilidade elétrica no Brasil.

“Sabemos que existe o movimento das montadoras em descarbonização e em fabricar muito mais veículos elétricos, por isso, nós estamos lançando uma linha de carregadores. Acreditamos muito que esse mercado vai se despontar e fará parte das nossas vidas”, avaliou Osli.

Em agosto, o Brasil somou 9.351 vendas de veículos elétricos leves eletrificados emplacamentos no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), esse resultado representa um aumento de 25% em relação ao mês de julho e 120% ante agosto de 2022.

Na Intersolar South America 2023, a Intelbras apresentou 15 lançamentos de sua unidade de energia solar, nos segmentos on e off grid, incluindo módulos fotovoltaicos e inversores, além do portfólio de carregadores para veículos elétricos.

As soluções foram projetadas para atender às diversas necessidades dos usuários, podendo ser aplicadas em residências, condomínios, empresas, prédios comerciais, espaços públicos, entre outros. A linha abrange desde o carregador portátil Mini de 3 kW até o carregador business de 22 kW.

Para uma solução mais completa, a empresa desenvolveu o aplicativo Intelbras CVE, disponível para Android e iOS. Com foco no usuário, o aplicativo possibilita acompanhar, controlar, pagar a recarga e localizar estações.

Mercado de energia solar

Osli indicou que a empresa tem expectativa que o setor de energia solar apresente crescimento no segundo semestre e em 2024. “O primeiro semestre foi um período de mudança de regulação, de dificuldades de financiamento, taxa de juros, novo governo, então isso acabou impactando um pouco a percepção do consumidor. No segundo semestre isso está mudando e muito fortemente.”

Ainda, o executivo destacou que, assim como aconteceu com outros países, é normal surgir uma agitação com mudanças de regulação. “O mercado dá uma leve baixada no início, mas acaba acomodando-se e crescendo naturalmente. A energia solar hoje é uma ferramenta de auxílio no orçamento de todos, que vai estar na nossa vida das pessoas e vai continuar durante muitos anos”, comentou.

Osli ainda destacou a demanda de sistemas de energia solar off-grid para o atendimento de regiões sem conexão com a rede elétrica. Um exemplo é o programa Mais Luz para a Amazônia, criado pelo governo federal para universalizar o acesso a energia elétrica em pontos isolados dos estados da Amazônia Legal.

“Uma solução autônoma de energia, onde a pessoa, independente da rede de energia e da rede da distribuição, consegue solucionar algumas dores, como por exemplo o monitoramento de câmeras em lugares remotos. Estamos sendo muito solicitados pelo mercado e está uma crescente extremamente forte”, afirmou o executivo.