Huawei fecha parceria para ampliar presença no mercado solar brasileiro

Companhia firmou acordo com a WDC Networks visando expansão no segmento de geração distribuída

SEDE HUAWEI
Foto: Brücke-Osteuropa

A Huawei anunciou uma parceria com a distribuidora de sistemas fotovoltaicos WDC Networks para ampliar atuação no mercado brasileiro. O acordo envolve a operadora de logística da companhia chinesa HDT Energy e tem foco o segmento de geração distribuída (GD) por meio de soluções de energia solar e armazenamento de energia.

“Para Huawei, é extremamente estratégica a parceria. Através da WDC nós vamos conseguir ampliar a capilaridade em todo o território brasileiro. É uma empresa com uma boa rede comercial. Queremos alcançar regiões e clientes integradores que hoje nós não temos acesso”, disse o diretor de canais e vendas para a América Latina da Huawei, Fábio Mendes, em entrevista ao Portal Solar.

O diretor da divisão WDC Solar no Brasil, André Luiz de Paula Souza, destacou a sinergia na operação das duas empresas. “Nosso plano estratégico é continuar a expansão da operação comercial no Brasil em GD. A Huawei nos oferece soluções e produtos muito avançados, que dificilmente encontramos similares no país.”

“A WDC vai concentrar esforços para levar produtos da Huawei para todo o Brasil, chegando a integradores, revendas e empresas de engenharia que queiram investir em soluções avançadas de geração solar e armazenamento de energia”, disse Souza.

O executivo da WDC avalia que o cenário é positivo para setor solar no Brasil, independentemente da tramitação do projeto de lei (PL 5829/19) que define um marco legal para a geração distribuída. “Essa questão pode atrapalhar um pouco, mas a geração distribuída e as fontes renováveis são inevitáveis. O crescimento vai acontecer, talvez mais lento, talvez um pouco mais rápido”, cravou Souza.

Mendes assinala o forte crescimento registrado pelo setor nos últimos anos no Brasil. “Comparando com outras economias, a solar é impressionante. O crescimento segue exponencial. Por mais que ocorram dificuldades, seja pandemia ou a tramitação do PL, continua extremamente pujante o crescimento do setor”, disse o executivo da Huawei.

Armazenamento

Mendes acredita que o ponto de virada para esse mercado de armazenamento será a atualização da Portaria Inmetro nº 4, que define critérios de certificação para inversores fotovoltaicos. “Hoje temos esse entrave em que o Inmetro não reconhece o inversor híbrido, que pode trabalhar on-grid e off-grid. A expectativa dos fabricantes é que seja definida quais testes esses equipamentos precisam ser submetidos para serem certificados.”

Os inversores híbridos alteram de funcionamento automaticamente entre on e off-grid quando ocorre a queda de energia, aplicação importante para sistemas fotovoltaicos com armazenamento de energia.

“A Huawei já tem o produto pronto para ser comercializado no país, mas infelizmente ainda não é possível por essa questão. Atualmente, o Inmetro está recebendo contribuições e esperamos que ainda esse ano o inversor híbrido seja reconhecido e sejam definidos os testes para que os fabricantes possam certificá-lo. Isso viabiliza um movimento ainda mais forte do uso do storage”, explicou o executivo.

Souza avalia que o mercado de armazenamento de energia ainda está em estágio inicial no Brasil, mas oferece grandes oportunidades. “A Huawei tem uma ampla experiência em países onde esse segmento está mais maduro. O Brasil tem características próprias e traz oportunidades muito boas”, assinalou o executivo. 

“Vemos cenário positivo no mercado local, não só para empresas e residências, mas também para o agronegócio. Já comercializamos alguns sistemas para fazendas onde a única energia disponível é a de geradores a diesel”, completou.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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