Huawei e Rio Alto firmam acordo em projeto fotovoltaico de 1,4 GW

A Huawei e a Rio Alto Energia renováveis firmaram um memorando de entendimento de cooperação no desenvolvimento de um projeto fotovoltaico de 1.4 GW na Paraíba. O acordo, celebrado durante evento em São Paulo na segunda-feira (29/11), prevê o fornecimento de inversores e transformadores para a usina fotovoltaica de Santa Luzia.

O vice-presidente da Huawei Digital Power no Brasil, Humberto Cravo Neto, declarou que o contrato viabilizará escala para produção local dos equipamentos. “É o maior acordo da Huawei fora da China. Nosso transformador será produzido localmente, reduzindo muito os custos.”

O executivo explicou que a fabricação será feita por uma empresa local não revelada, seguindo processos e padrões da Huawei.

Ele ainda detalhou que o fornecimento para o projeto da Rio Alto deve começar no primeiro trimestre de 2022. “Temos prazo de entrega de 90 dias para os inversores e de 230 dias para os transformadores.”

Durante o evento, também foram assinados memorandos de entendimento com a WDC, prevendo a distribuição de soluções de datacenter e site power, e entre a parceria da Huawei, HDT Energy, com a Gel Solar, L8 Energy e Mazer Solar, referente a revenda de soluções fotovoltaicas.

Crescimento

Neto avalia que o mercado de geração solar traz um potencial imenso de crescimento para a Huawei no Brasil. “Somos líderes na área de telecom no País, com faturamento de US$ 1 bilhão. Acreditamos que em três ou quatro anos nossa divisão irá superar esse volume.”

O executivo explicou que a companhia prevê espaço de expansão em geração centralizada nos próximos dez anos. “Depois que esse segmento saturar, a geração distribuída vai explodir. É um negócio que não tem limites.”

O entendimento é que o mercado residencial tem uma enorme demanda reprimida. “Quantas casas temos ainda para atender? Quanta gente ainda vai comprar carro elétrico? Não só no Brasil, mas em nível mundial, é um mercado infinito”, assinala Neto.

Ele ainda aponta que o processo de digitalização das empresas, alinhado com a entrada do 5G, também irão demandar soluções de energia. “Os data centers são consumidores agressivos de energia e as operadoras investem muito na bateria de lítio.”