Elera Renováveis fecha acordo com norte-americana Nextracker
Parceria permitirá que os painéis fotovoltaicos do megacomplexo solar em Janaúba (MG) acompanhem o sol ao longo do dia com a tecnologia de rastreadores


A Elera Renováveis, braço do grupo canadense Brookfield no Brasil, fechou acordo com a fabricante de equipamentos Nextracker para a aquisição de uma tecnologia que aumenta a produção de energia dos painéis solares do complexo solar de Janaúba, em Minas Gerais, o primeiro empreendimento solar da Elera no Brasil.
Serão utilizados equipamentos que fazem uso de inteligência artificial para permitir que os painéis fotovoltaicos da usina acompanhem o sol ao longo do dia e aumente a produtividade entre 20% e 30%, os chamados rastreadores.
Fundada em 2013 no Vale do Silício, nos Estados Unidos, a Nextracker, que fornece as estruturas físicas e os softwares que controlam o movimento dos painéis, já tem em sua carteira global cerca de 50 gigawatts, entre projetos já instalados e em construção.
Nelson Falcão, diretor de vendas da Nextracker para o Brasil, afirma que entre contratados e construídos a companhia está perto de alcançar 2 gigawatts. A empresa atua desde 2015 no país produzindo os “trackers” em uma unidade em Sorocaba (SP), com uso de componentes locais, de forma a permitir que sejam credenciados para financiamento pelo banco estatal BNDES. O novo contrato com a Elera também será financiado dessa forma.
Complexo Janaúba
Na primeira fase, o complexo terá 830 megawatts em capacidade instalada e será construída pela Andrade Gutierrez, contratada pela Elera para a obra em regime EPC, que inclui engenharia, gestão de compras e construção. O megacomplexo deve entrar em operação no início de 2022.
O presidente da companhia, Fernando Mano, disse que a Elera Renováveis já está concluindo a contratação de clientes para o empreendimento, e já negocia acordos para viabilizar novos projetos renováveis. “O apetite pelo país continua muito alto, apesar da situação de crise. Vemos muito espaço para crescimento, temos R$ 4 bilhões em investimentos já comprometidos e estudamos novas opções”, disse o presidente da geradora o Valor.
O megacomplexo da Elera vai vender a produção no chamado mercado livre de eletricidade, onde grandes empresas como indústrias negociam diretamente suprimento e preços com fornecedores do setor de energia.
O mercado de energia solar no Brasil tem grande potencial de crescimento e hoje possui pouco mais de 8 gigawatts em instalações solares, entre usinas de grande porte e sistemas menores, conhecidos como geração distribuída.
“Nos próximos três a quatro anos, acredito que esse valor possa até dobrar. Então o crescimento é bem forte, e basicamente impulsionado por esse sistema de negociação que é o mercado livre”, afirmou Falcão.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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