EDP prevê investimento de 25 bi de euros para fontes renováveis em novo plano estratégico

A EDP divulgou nesta quinta-feira (02/03) um novo plano estratégico em que prevê investimento de 25 bilhões de euros até o ano de 2026 para potenciar energias renováveis e suportar os compromissos de neutralidade carbônica do grupo. A companhia ainda anunciou o fechamento do capital da EDP Brasil, financiado pelo aumento de capital da EDP em 1 bilhão de euros.

Para o ano, a empresa estimou um rendimento líquido recorrente de mais de 1 bilhão de euros até 2026, com o crescimento anual médio entre 12% e14%. O ebitda recorrente também deve ser positivo, com 5,7 bilhões e crescimento do investimento anual em 6% até o período. 

A proposta do novo plano é dar suporte aos compromissos de neutralidade carbônica da companhia e seguir uma abordagem seletiva e disciplinada, alocando 85% do investimento em renováveis, clientes e gestão de energia e 15% em redes de eletricidade em mercados de elevado crescimento e baixo risco, em quatro hubs regionais: Europa (40% do investimento), América do Norte (40%), América do Sul (15%) e Ásia-Pacífico (5%).  

A expectativa para a taxa de investimento anual da companhia é em aumentar 30%, em comparação com o plano anterior, para 6,2 bilhões de euros. O ritmo de adição de nova capacidade renovável tem a previsão de aumento mensal para 4,5 GW por ano, totalizando 18 GW até 2026. O objetivo é atingir uma capacidade instalada de renováveis em 33 GW daqui três anos e com a ambição de chegar a 50 GW até 2030. 

"Hoje ampliamos a nossa ambição de liderar a transição energética apoiados por um portfólio competitivo e resiliente, finanças sólidas, uma equipa empoderada e a vontade de contribuir para um mundo climático positivo para as futuras gerações. Este Plano Estratégico reforça a nossa ambição de crescimento, ao mesmo tempo em que impulsiona ainda mais o nosso compromisso com o planeta e cria valor superior para todos", afirmou o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade.  

Além disso, o investimento em energias renováveis será diversificado por meio de tecnologias, incluindo eólica onshore (40%), solar de grande escala (40%), solar distribuído (12%), eólica offshore (5%) e armazenamento e hidrogénio (3%). 

Fechamento de capital

A a EDP anunciou nesta quinta-feira (02/03) o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) de 100% sobre a sua subsidiária cotada EDP Brasil, detida a 56,05% (posição consolidada de 57,55%), visando a sua retirada de bolsa numa transação que gera valor.

Conforme a companhia, a operação visa também simplificar a organização empresarial. A oferta será financiada por um aumento de capital de 1 bilhão de euros na EDP, colocado junto de investidores institucionais, e proporcionará uma maior flexibilidade para gerir a presença integrada do grupo neste mercado.

A EDP já tem o compromisso da CTG, ADIA e GIC, num montante agregado de até 600 milhões de euros, sujeito às condições finais de mercado. A retirada da EDP Brasil da bolsa deverá estar concluída no segundo semestre de 2023.

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