EDP Brasil quer atingir 1GW em usinas solares brasileiras

A EDP Brasil, que pertence ao grupo europeu EDP Energias de Portugal, está cada vez mais focada na ampliação de ter resultados com usinas solares, especialmente as brasileiras. A partir de agora, a empresa tem a meta de chegar a 2025 com complexos fotovoltaicos que somam 1 gigawatt em capacidade.

Para atingir esse objetivo, a empresa deve realizar parcerias com outra companhia do grupo, a EDP Renováveis, além de possíveis aquisições e projetos a serem conquistados em licitações promovidas por corporações que buscam se abastecer com energia limpa, como foi o caso de um acordo com o Banco do Brasil.

Os planos da elétrica representariam um forte avanço na fonte renovável, uma vez que a EDP Brasil possui atualmente apenas 50 megawatts em instalações solares operacionais no maior país da América Latina.

Apesar de todo o plano, a empresa não mira empreendimentos de geração solar de grande porte para venda da produção em leilões realizados do governo para atender à demanda do mercado regulado. “Participar desse tipo de projetos no mercado regulado deve ocorrer por meio da EDP Renováveis”, afirmou Henrique Freire, diretor financeiro da EDP Brasil.

Segundo João Marques da Cruz, presidente da EDP Brasil, a estratégia da empresa também passa pela venda de usinas ou linhas de transmissão operacionais para bancar novos investimentos, o que o grupo tem chamado de “rotação de ativos”.

A EDP Brasil tem planos de investir um total de R$ 10 bilhões no país entre 2021 e 2025. Desse montante, negócios em geração solar devem receber cerca de R$ 3 bilhões, enquanto a área de transmissão deve ter aportes de R$ 0,8 bilhão.

Já os ativos de distribuição da EDP Brasil devem ter investimentos de R$ 6 bilhões até 2025, quase o dobro dos R$ 3,1 bilhões registrados no período de 2016 a 2020. Com isso, a empresa espera conseguir entregar crescimento de entre 8% e 10% ao ano nos lucros operacionais medidos pelo Ebitda no período até 2025.

A estratégia da EDP para os próximos anos envolve ainda a transformação da empresa em uma companhia verde até 2030, com o grupo deixando de controlar ativos de geração a carbono até 2025.