Competição acirrada reforça importância do pós-venda no setor de energia solar
Intelbras avalia que empresas sem estrutura ou capacidade de oferecer suporte a consumidores perderão espaço no setor


O acirramento da competição no mercado brasileiro de energia solar torna cada vez mais importante o suporte pós-venda para o consumidor final. Essa é a avalição da Intelbras, que vê o atual momento de demanda reprimida acelerando um movimento de consolidação, com empresas sem estrutura e solidez perdendo espaço no setor.
“Haviam centenas de players no setor e, com o mercado mais restrito, não vai haver mais essa facilidade. Vai ficar quem tem solidez e algo diferente a oferecer. Quem só joga produto na praça vai sumir”, declarou o CEO da Intelbras, Altair Silvestri, durante a apresentação de resultados financeiros do 2º trimestre, realizada nesta sexta-feira (28/07).
O balanço da companhia refletiu o cenário de instalações residenciais, que enfrenta desde o início do ano desaceleração de vendas frente a restrição de crédito para financiamento e impactos de mudanças regulatórias.
A empresa registrou lucro líquido de R$ 118 milhões, crescimento de 22% sobre o segundo trimestre de 2022. Porém, houve queda no negócio de energia solar, fazendo com que o segmento de energia perdesse participação na receita total do grupo, caindo de 34% para 18%, na comparação anual.
O superintendente de energia da Intelbras, Márcio Ferreira, aponta que consumidores já estão ficando “órfãos” do suporte e serviços de empresas, após a corrida de instalações registrada no quarto trimestre do ano passado. “As marcas importantes vão ficar no mercado, para oferecer a garantia futura adequada.”
Baterias no horizonte
Apesar do atual momento, a Intelbras reforçou que continua acreditando no mercado de energia solar do Brasil, tanto pelo potencial de crescimento, quanto por outras oportunidades além do segmento residencial, como projetos de minigeração.
Leia mais: Mini GD deve impulsionar mercado brasileiro de energia solar no 2º semestre
“Sempre há um período de adequação após uma mudança de regulação. No Brasil, houve um efeito acumulativo, com a crise de crédito. Todo esse contexto reprimiu a demanda, mas o mercado vai retomar. Hoje, o payback já é igual ou mais rápido que o anterior a Lei 14.300, é um produto extremamente atrativo”, disse Ferreira.
Ele acredita que um mercado futuro se apresenta num horizonte de médio prazo. “Pensamos que no segundo semestre de 2024 ou em 2025, o segmento híbrido, formado por energia solar e baterias, se tornará uma realidade no país."

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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