Com nova estratégia, JA Solar mira expansão no mercado brasileiro
Empresa passou a focar em distribuidores de equipamentos e desenvolvedores de projetos, e tem meta de comercializar 1 GW por ano até 2024


A JA Solar Brasil, braço da fabricante chinesa de equipamentos fotovoltaicos, traçou uma nova estratégia para atuar no mercado brasileiro e já colhe os primeiros resultados. A empresa tem concentrado esforços para comercializar os produtos para distribuidores de equipamentos e desenvolvedores de grandes projetos, mas sem perder de vista o atendimento aos integradores.
Sem poder citar números do ano corrente, o country manager da JA Solar Brasil, Fernando Castro, afirmou que as vendas triplicaram no primeiro semestre de 2021. No ano passado, a companhia comercializou cerca 180 megawatts (MW) em módulos fotovoltaicos no País.
Apesar do avanço, executivo contou ao Portal Solar que o volume está distante dos principais competidores. A companhia tem a ambição de estar entre os líderes de vendas no Brasil e definiu como meta comercializar, por ano, 1.000 MW em módulos solares até 2024.
“No mundo, estamos sempre no top quatro e esse é nosso desejo para o Brasil. Acreditamos ser possível cumprir essa meta levando em conta nossas projeções e o desempenho dos concorrentes”, disse Castro.
A produção de energia elétrica por meio da luz do Sol segue em expansão por aqui. Nas próximas semanas mais um marco histórico deve ser comemorado: 10 GW em capacidade fotovoltaica em operação.
O Brasil conta com 9,66 GW de capacidade instalada solar, com 6,2 GW na modalidade descentralizada (GD) e 3,4 GW na modalidade centralizada (grandes usinas). Os projetos em construção somam 2,68 GW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Leia mais: Tecnologia solar está próxima de alcançar 10 GW no Brasil
A companhia está ampliando seu time de vendas e planeja para o próximo ano oferecer serviços, suporte técnico e um entreposto aduaneiro. “Estamos conduzindo uma reestruturação de nossas operações para crescer no mercado", afirmou Castro.
O executivo garante que o perfil tecnológico dos módulos comercializados no Brasil está em linha com os demais mercados do mundo, com o equipamento de 535 Wp de potência como o carro-chefe de vendas.
Em relação à disparada dos preços dos fretes, matéria-prima e câmbio, Castro indica que são fatores de dificuldades, mas que não impedirão o crescimento do mercado de energia solar brasileiro.
“A instabilidade e valorização do dólar afetam o mercado, mas são desafios normais. Vemos o custo da energia aumentando e, independente desses pontos, o setor solar cresce com inovação. É um caminho sem volta”, disse o executivo.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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