AES Brasil estuda potencial solar em parques eólicos no Nordeste
Regulamentação de usinas híbridas está em discussão no País e empresa quer garantir posicionamento nesse mercado


A AES Brasil mira potencial de geração híbrida e avalia desenvolvimento de usinas fotovoltaicas nos complexos eólicas da companhia no Nordeste. A regulamentação da modalidade está em discussão no País e empresa quer garantir posicionamento nesse mercado.
Nesta quinta-feira (5/08), durante teleconferência de apresentação dos resultados do segundo trimestre de 2021, a CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock, disse que a estratégia de diversificação do portfólio geração continua. Hoje a fonte hídrica representa 60% da energia comercializada pela corporação.
“Objetivo é crescer com eólica e solar, desde que faça sentido para o retorno da companhia. Vemos valor na diversificação por complementariedade, reduzindo os riscos”, disse a executiva.
O diretor de desenvolvimento de novos negócios da AES Brasil, Bernardo Sacic, afirmou que a empresa está medindo o nível de irradiação solar em todos os seus parques eólicos.
“Estamos desenvolvendo parques solares no Nordeste, junto com os eólicos, para ter sinergia e aproveitar o potencial híbrido assim que esses sistemas forem regulados. A prioridade é ter essa geração em nossos próprios ativos, mas temos uma carteira de projetos que, havendo oportunidade, podemos comprar”, disse o executivo.
Em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu a primeira fase da Consulta Pública 061/2020 para debater a normatização de usinas híbridas e associadas.
Atualmente, o País não possui uma regulação específica para esse tipo de empreendimento. A geração associada entre as fontes eólica e solar tem um grande potencial de complementariedade, especialmente na regiões Nordeste, onde a maior parte dos parques eólicos estão instalados.
No segundo trimestre, a AES Brasil adquiriu um pipeline de projeto solar de 378 MW no norte de Minas Gerais. A expectativa é desenvolver o empreendimento logo que as condições de mercado apresentem níveis de retornos adequados.
A avaliação da AES é de que a fonte eólica é mais competitiva que a solar no momento, mas que era importante garantir acesso a esse projeto para o momento em que os preços dos equipamentos, como módulos fotovoltaicos, apresentarem uma redução de custos.
Resultado financeiro
A AES Brasil divulgou lucro líquido de R$ 27,5 milhões no segundo trimestre de 2021, queda de 76,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) apresentou redução de 6,6% na mesma base de comparação, totalizando R$ 257 milhões.
O atual cenário de crise hídrica foi citado pela companhia como um dos principais fatores para o resultado.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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