Focus Energia garante que manterá o cronograma do Projeto Futura 1
Usina de energia solar está prevista para entrar em operação em abril de 2022; obra segue em andamento com 550 pessoas trabalhando no local



A Focus Energia afirma que manterá o cronograma do Projeto Futura 1 (671 MW), mesmo após anunciar a troca da Risen Energy pela Trina Solar como fornecedora de módulos fotovoltaicos. O empreendimento, desenvolvido pela companhia no município de Juazeiro (BA), será composto por 22 usinas, com início das operações planejadas para o abril de 2022.
Leia mais: Focus Energia troca fornecedor de módulos por descumprimento de contrato
Em entrevista ao Portal Solar, o CEO da Focus, Alan Zelazo, declarou que a troca ocorreu para garantir o cumprimento do cronograma de entrega do projeto. “Eu preciso ter firmeza do meu suprimento para que eu possa colocar o parque de pé em um momento em que o País precisa de energia e para fazer frente a comercialização com preços que tragam segurança”, disse.
A companhia estima que, considerando o novo contrato, o capex do projeto será de R$ 2,74 bilhões, sem considerar eventuais indenizações provenientes da relação contratual com o antigo fornecedor. Segundo Zelazo, o investimento pode subir entre R$ 320 e 400 milhões em relação ao orçamento inicial, aumento que pode variar entre 15% e 18% do valor original.
Ainda de acordo com o fato relevante, o rompimento com a Risen ocorreu diante da negativa da fornecedora em cumprir as condições acordadas em contrato. Conforme apurado pela Reuters, a Risen Energy declarou que foi afetada pela disparada nos preços dos materiais utilizados na fabricação dos equipamentos no último ano, especialmente do silício policristalino.
O executivo da Focus explicou que a tecnologia dos módulos da Trina é semelhante ao da Risen, com algumas mudanças em relação ao peso e à instalação. Ele destacou que a obra já está iniciada e segue em andamento com 550 pessoas trabalhando no local.
“No longo prazo, a energia do projeto já está comercializada, mas temos descontratação para 2022 e 2023. O projeto é 100% direcionado para o mercado livre”, disse Zelazo.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

Wagner Freire
Jornalista com Bacharel em Comunicação Social pela FMU e pós-graduado em Finanças. Especialista com mais de 10 anos de experiência na cobertura do mercado de energia elétrica, tendo trabalhado no Estadão, CanalEnergia, Jornal da Energia, Revista GTD e DCI.
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