BNDES tenta agilizar linha de crédito do fundo clima
Programa prevê financiamentos para aquisição de máquinas e equipamentos eficientes, sistemas geradores fotovoltaicos, aerogeradores, ônibus e caminhões elétricos ou híbridos, entre outros


Uma das ofensivas do governo para tentar diminuir o desgaste internacional do Brasil como vilão climático pode esbarrar na burocracia. O governo anunciou um aporte de R$ 232 milhões para o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do Fundo Clima, voltado ao combate das mudanças climáticas.
Mas, a gestão do fundo é apontada como um entrave por especialistas. Neste ano, o governo já destinou R$ 582 milhões. Em 2019, porém, o governo só empenhou do fundo cerca de 10% dos desembolsos autorizados pelo Congresso para o ano.
O BNDES tenta mudar esse histórico e promete agilidade ao fundo para oferecer crédito para projetos que reduzam emissões de gases. O programa, que utiliza recursos do Ministério do Meio Ambiente, prevê financiamentos à aquisição de Máquinas e Equipamentos Eficientes segundo a classificação do Procel, sistemas geradores fotovoltaicos, aerogeradores até 110 kw, ônibus e caminhões elétricos ou híbridos, entre outros.
A novidade é que a liberação do empréstimo pode ocorrer de forma virtual, pelo sistema BNDES Online, que aprova automática e imediatamente o crédito, desde que o pedido cumpra todas as exigências.
Cerca de R$ 200 milhões estão disponíveis, com juro máximo de 4% ao ano. Pessoas físicas, microempreendedores individuais e pequenas empresas podem requerer o crédito. A linha já está disponível nas instituições financeiras e permanecerá até o dia 14 de dezembro.
De acordo com o banco, entre junho de 2018 e julho de 2020, esse mesmo subprograma desembolsou todo o recurso disponível anteriormente (cerca de R$ 200 milhões). “Trata-se de uma oportunidade importante para que os recursos do Fundo Clima cheguem na ponta, para micro e pequenas empresas, gerando resultados para a redução de emissões e ganhos de eficiência”, afirmou Petrônio Cançado, diretor de Crédito e Garantia do BNDES.
O BNDES diz ainda que as pessoas físicas podem financiar a instalação de sistemas de aquecimento solar e de geração distribuída (placas fotovoltaicas, aerogeradores e geradores a biogás). Os empresários podem acessar a linha de crédito para a aquisição de máquinas e equipamentos, mas precisam atender a classificação específica energética.
As condições colocadas pelo BNDES são de financiamento de até 80% do valor dos equipamentos e não foi fixado ainda montante mínimo. O prazo de pagamento será até 12 anos, incluída carência mínima de três e máxima de 24 meses.
O BNDES tem atualmente 860 operações de financiamento aprovadas pelo fundo que somam mais de R$ 700 milhões, alavancando quase R$ 2 bilhões em investimentos.

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